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Amor de quatro patas: pets influenciam no bem estar e dia a dia

Publicada dia 14/03/2023 às 13:25:04

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Giovana Dal Posso


Os bichinhos de estimação trazem a alegria de muitas pessoas, substituindo em alguns casos até mesmos as crianças, já que há quem opte por ser pai ou mãe de pet. A verdade é que ter um animal de estimação promove um ciclo de amor, já que a troca entre bichinho e dono é sem fim.

Quem gosta de ter um companheirinho peludo sabe a alegria que esses bichinhos são capazes de trazer para a rotina. Diversos estudos analisam o impacto de ter um pet, que não surpreendem ninguém ao ter um resultado positivo – a relação pode entre tutor e animal pdoe aliviar os sintomas da ansiedade, depressão e estresse, assim como incentivar a prática de atividades físicas.

Maria Clara Bianchi é estudante, e atualmente tem cinco animalzinhos de estimação:  três gatos e duas cachorras. Segundo ela, apenas a primeira cachorrinha não foi fruto de adoção.

Ela explica que seu primeiro gato, Salomão, teve uma adoção surpresa pela família. “Havia aparecido um gato na vizinha, era um gato grande e bem cuidado. Minha mãe foi olhar, pois a vizinha havia perguntado se era nosso, e decidiu adotá-lo”, explica, “O levamos para a veterinária e ela estimou que fosse um gato com cinco ou seis anos, o que já é considerado adulto. Minha vó foi quem escolheu o nome, pois todos nós achávamos que ele tinha um ar de rei, e ela sugeriu o nome de Salomão”. Pouco depois veio Mel, uma cachorrinha e durante anos, a família permaneceu com apenas com dois bichinhos.

Há quatro anos atrás, Maria conta que Salomão estava meio doente, e em uma noite ele acabou fugindo de casa.  Na época, sua mãe havia lhe contato histórias sobre animais que fugiam quando estavam doentes para que o dono não os visse mal, o que a deixou desolada. Seu avô, então, sugeriu que adotassem outro pet, e segundo ela, foi assim que surgiu o Loki.

“Um pouco tempo atrás, pouco antes do Salomão sumir, três gatinhos haviam sido abandonados na casa de uma conhecida da família, e estavam para adoção”, explica. Após o sumiço do bichinho, a família foi então visitar os gatinhos abandonados e brinca que foi ele que a escolheu. “Quando peguei o Loki, ele deitou no meu colo, ficou confortável e dormiu. Quando acordou, já estava na minha casa”, conta. Nesse mesmo dia, para a surpresa de todos, o gatinho fujão, Salomão, voltou pra casa.

De lá pra cá, a família foi só aumentando. Ela brinca que sem os pets, a casa seria mais arrumada, mas ao mesmo tempo, mais vazia. “Desde que sou pequena tenho uma conexão muito forte com bichos, sempre gostei muito e até cogitei fazer veterinária, mas descobri que teria que lidar com bichinhos doentes e perda de animais, o que é algo que não ligo muito bem, então acabei desistindo e não lembro como é a vida antes deles”.

Ela se diz extremamente grata por ter seus bichinhos, e disse que eles a ajudaram em momentos difíceis da sua vida, como na época da perda da sua avó. “Eles me ajudaram a seguir em frente com o carinho e apoio deles, me permitiram ver cor nas coisas de novo e ver que a vida segue e que ela continua aqui comigo”, relata.

Em agosto do ano passado, Salomão se foi. Maria conta que sente que a dor de perder um pet não é muito mencionada, e de certa forma continua sendo um tabu. “Estamos acostumados a falar da dor de perder um ente querido, e claro que é uma dor avassaladora, mas não podemos desprezar a dor que sentimos de perder um bichinho. Não lembrava como era a minha vida sem o Salomão, e nesses sete meses precisei reaprender o que significava viver sem ele. Ele era uma das últimas ligações do que eu tinha com a minha infância e até mesmo com a minha avó, então também foi muito significativo por conta disso”, conta. “Muitas pessoas falam que depois que perderam um bichinho, não querem mais adotar, mas acho que devemos continuar a proporcionar a vida que dávamos a ele. De certa forma eles voltam pra gente”, finaliza. 

O caso da Maria e seus pets é mais um exemplo da realidade de milhares de brasileiros que são apaixonados por animais. Thais Antunes é outra santa-cruzense que adotou seu bichinho de estimação, e que eles também a ajudou em momentos difíceis: “Quando eu resolvi adotar, estava passando por um momento difícil da minha vida, início de depressão e síndrome do pânico. Me sentia muito sozinha, então um dia eu estava no Facebook e apareceu um cachorrinho pra adoção, em Bernardino, de Campos, e então fui buscá-lo.”, conta. O cachorrinho, Tubarão, foi o primeiro pet que adotou, e ela explica que foi um processo tranquilo, já que adotou de maneira autônoma e ano em um canil. “Ele mudou minha vida, não me senti mais sozinha, me ajudava nas minhas crises, e me sentia muito bem por dar um lar, amor e comida pra ele. Tantos animais nas ruas, e as pessoas ainda preferem comprar!”, complementa.