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Fonoaudiologia ajuda no bem estar do idoso

Publicada dia 13/12/2022 às 13:30:33

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Com o envelhecimento, é comum que ocorra o enfraquecimento dos músculos do corpo, que acontece juntamente com a perda de massa muscular, podendo acarretar problemas de equilíbrio e coordenação motora, afetando a autonomia do idoso. Pouco se fala, porém, que tal acontecimento pode afetar também os músculos do rosto, e consequente a fala, audição, mastigação, deglutição, entre outras funções. 

São nesses casos que surge o papel do fonoaudiólogo, profissional da saúde que lida com a comunicação humana. Segundo Ana Letícia Cruzatti, por mais que essa área seja conhecida por tratar crianças com dificuldades de fala e gagueira, o profissional trabalha com pacientes de todas as idades, desde o bebê na maternidade até aos cuidados paliativos com o idoso. “É importante que as pessoas tenham conhecimento das áreas de atuação do fonoaudiólogo para que possam procurar o tratamento adequado”, explica. Além de ajudar com os efeitos acarretados pela idade, a fonoaudiologia ajuda também no tratamento e reabilitação de doenças como Alzheimer, Parkinson, AVC, câncer de cabeça e pescoço.

“Em pacientes que apresentam disfagia (dificuldade para engolir alimentos sólidos ou líquidos) a fonoaudiologia ajuda a melhorar a mastigação, deglutição e a respiração, reduzindo a frequência de engasgos. Nos casos de alteração da voz são realizados exercícios específicos para recuperação e melhora na estabilidade e qualidade vocal. Em doenças degenerativas trabalhamos as capacidades cognitivas como memória e raciocínio”. 

Uma das sequelas comuns no AVC é a afasia, que afeta a capacidade tanto da compreensão quanto da expressão da fala e escrita, o fonoaudiólogo é responsável pela reabilitação desses pacientes, buscando os melhores recursos para que este consiga se comunicar usando a fala ou comunicação aumentativa e alternativa, relata a profissional.

Percebe-se então que a fonoaudiologia é mais uma das opções possíveis para aumentar a saúde e bem estar daqueles que chegaram à terceira idade, ajudando não apenas na parte física, mas também na autoestima e independência dos idosos, sendo o apoio dos familiares essencial durante o tratamento.

Mas qual é a hora de procurar um profissional? Para Ana, tudo depende dos sinais que a pessoa pode apresentar. “É importante que a família fique atenta e procure um profissional caso o idoso apresente sintomas como: tremores na voz; variação na altura da voz ao falar; dificuldade para falar; dificuldade para escutar; engasgos frequentes e tosse após engolir”, finaliza.