< Voltar

Com três anos de pandemia, sequelas ainda são visíveis e culpados não responsabilizados

Publicada dia 13/03/2023 às 13:17:27

com-tres-anos-de-pandemia-sequelas-ainda-sao-visiveis-e-culpados-nao-responsabilizados

Giovana Dal Posso


No dia 26 de fevereiro de 2020, o Ministério de Saúde confirmava o primeiro caso de Covid-19, o então novo coronavírus, no Brasil. Um senhor de 61 anos, com histórico de viagem para Itália, deu entrada no hospital no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), onde foi confirmada a doença. Menos de um mês depois, em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia em relação a doença, e, no dia seguinte, o Brasil tinha sua primeira vítima fatal do vírus: uma senhora de 57 anos.

De lá pra cá, se passaram três anos nas vidas dos brasileiros, já foram registrados mais de 37 milhões de casos, correspondendo a cerca de 17% da população e 698 mil óbitos, o equivalente a mais de 3 mortes para cada mil habitantes do país. A pandemia fez o país bater o recorde de morte e em 2022, ter o menor número de nascimento dos últimos 70 anos, e passar por diversas consequências econômicas e sociais.

Além da Covid, a população precisou enfrentar outra pandemia: as das fake news. Com o isolamento social, o uso da internet e das redes sociais teve um enorme aumento, deixando a população exposta a diversos tipos de falsas informações sobre o que estava acontecendo, muitas delas relacionadas a tratamento contra a doença. A própria Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo, conforme noticiado em abril de 2020 pelo Atual, utilizou a cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com suspeita de coronavírus, mesmo que a sua eficácia ainda estivesse sendo estudada cientificamente no momento. E não havia eficácia.

Apesar de criadas ações para tentar conter os danos, como o CPI da Covid, que buscava investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia, nenhum dos 81 indiciados foi condenado por negacionismo ou corrupção.

Vacina

Era domingo, 21 de março de 2021, quando a enfermeira Mônica Calazans se tornou a primeira vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Atualmente, segundo a Our World In Data, 88,4% da população tomou pelo menos uma dose da vacina, e 82,1% estão totalmente vacinadas.

Economia

Recentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 do Brasil foi divulgado. Apesar de ter recuperado as perdas sofridas em 2020, no primeiro ano da pandemia, o acumulado de 2020 até 2022 mostra que o país está muito distante de ficar entre os que mais cresceram no período, já que a economia do país somou um crescimento de 4,5% nesses três anos, resultado que coloca o PIB do país apenas como o 30º melhor desempenho no período em uma lista de 53 nações.

Santa Cruz do Rio Pardo

Em números totais, até agora a cidade teve 17.346 casos positivos notificados, sendo o primeiro em 05 de abril de 2020. Desde então, se somam 210 óbitos confirmados da doença no município, com quase 44 mil pessoas a partir dos 06 meses vacinadas com ao menos uma dose da vacina. Confira a seguir a linha do tempo da doença na cidade: