Alimentos fermentados ajudam na saúde intestinal

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Você já pensou na possibilidade de consumir comida viva? Pode parecer estranho, mas uma dieta baseada em alimentos probióticos pode ter mais benefícios do que se imagina.

Apesar do nome difícil, os probióticos são bactérias do bem que habitam no nosso organismo e formam a microbiota intestinal. Conhecidos popularmente como lactobacilos, esses micro-organismos são de suma importância para garantir o funcionamento intestinal e o equilíbrio do nosso organismo. “Em outras palavras, previne a prisão de ventre, a diarreia e até mesmo o câncer de intestino. Além do mais, o bom funcionamento intestinal assegura a produção de serotonina, substância responsável pela sensação de saciedade, bem-estar e disposição”, esclarece nutricionista Lívia Salles.

Lívia explica que além de serem parte fundamental de determinados pratos, como iorgutes, coalhadas, kefir e kombucha, essas bactérias consomem os chamados alimentos prébioticos, que são a base de aveia, batata doce, biomassa de banana verde, cebola, mel e açúcar mascavo. “Quando os probióticos e os prébioticos são introduzidos na dieta de uma maneira saudável, acabam fortalecendo o sistema imunológico e desintoxicando o organismo”, ressalta.

Além dos benefícios relacionados ao bom funcionamento intestinal, Lívia ressalta a importância do consumo dos probióticos como prevenção a obesidade, câncer e até no controle de intolerâncias alimentares.

A melhor forma de saber como e quais alimentos inserir no dia a dia é através da orientação de um nutricionista. “Existem em torno de quatrocentas a mil espécies de micro-organismos vivos, com variadas funções. Somente após uma avaliação nutricional, o profissional poderá prescrever uma dieta adequada ao perfil individual do paciente”, recomenda a nutricionista.

Kefir? É de comer?

Uma das comidas vivas mais conhecida é o kefir, um alimento a base de micro-organismos que elevam o número de bactérias boas no intestino e fornecem inúmeros benefícios nutricionais e terapêuticos, atuando como antiviral, antifúngico e potente antibiótico natural.

Ele pode ser preparado à base de leite ou água. No primeiro caso, os probióticos se alimentarão da lactose, já no segundo, da glicose do açúcar mascavo adicionado à mistura. Geralmente, é recomendado que o preparo se dê em temperaturas altas, já que no frio a fermentação ocorre mais lentamente.

O kefir é composto pela parte líquida e pela sólida. Com o tempo, o líquido vai se transformando em grãos sólidos que podem ser consumidos junto com frutas, mel e cereais. Para realizar a separação de ambas as partes, é necessário o uso de uma peneira.

A preservação do kefir líquido é bem simples e pode ser feita em um recipiente de vidro, tampado com um guardanapo de pano, preso com a ajuda de um elástico. “O ideal é que a cada 24 horas o procedimento de separação seja repetido”, Lívia orienta.