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Soltura de peixes tem repovoado o Pardo há 10 anos

Publicada dia 05/05/2022 às 10:46:46

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Desde 2010 a ONG Rio Pardo Vivo realiza o trabalho de repovoamento da bacia hidrográfica do rio Pardo e Turvo. No dia 25 de abril, houve a soltura de 150 mil novos peixes das espécies Pacu-Guaçu, Piracanjuba e Curimbatás. A soltura aconteceu nas dependências da Sabesp e contou com a participação dos alunos do 4º e 5º anos da escola municipal Frei José Maria Lorenzetti.

Ambientalista e criador da ONG Rio Pardo Vivo, Luiz Cavalchuki revela que nos últimos 10 anos já foram 2,7 milhões de peixes soltos na bacia. “Resultado destes anos de trabalho é ver os peixes voltando ao rio. O Pardo ficou endêmico desde a construção das hidrelétricas de Salto Grande. Os peixes não puderam mais fazer a piracema. A única possibilidade de o Pardo ter peixe é fazendo o repovoamento”, diz.

Luiz garante que o resultado destes 10 anos de trabalho tem aparecido através de relatos de peixes encontrados. “Estão sendo encontrados exemplares com 6 a 7 quilos das primeiras levas que soltamos em 2012. Projeção é que até 2025 a bacia do rio Pardo esteja repovoada. Essas ações de reintrodução de peixes não vão parar”, afirma.

A ação acontece atualmente graças a parceria entre Rio Pardo Vivo, Secretaria de Meio Ambiente, Sabesp, CTG, Rotary, e Special Dog. “Os peixes que soltamos são uma parte fornecidos através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a CTG, mas a maior parte é adquirida pela ONG Rio Pardo Vivo através de parcerias com empresas.

Piracema é o período de reprodução dos peixes. Durante esse período, eles se deslocam até as nascentes dos rios ou até regiões rasas dos rios para desovar. A construção de barragens tem grande impacto sobre a piracema, uma vez que elas formam uma grande barreira para os peixes.