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‘Colecionador’ por hobby preserva moeda de 1817

Publicada dia 20/05/2024 às 15:53:32

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Cássia Peres


Além de empresário e comerciante, Haroldo de Andrade, 59, também colecionador de cédulas e moedas raras, que registram rastros da história do Brasil mas, principalmente, de países estrangeiros. A mais antiga em sua posse consta ser de 1817.

A moeda, conhecida como “Patacão”, é maior que a de um real atual, com aproximadamente 4.2 centímetros de diâmetro e dois milímetros de espessura. O objeto é prateado e estampa o bordão da bandeira portuguesa imperial e nele, ainda, há um escrito em latim. Numa tradução próxima, de acordo com artigos históricos, o texto estaria fazendo menção ao rei absolutista João VI. “João, por graça de Deus, príncipe regente de Portugal e senhor do Brasil”. 

Fato curioso sobre a economia da época é que, nas mãos dos membros da Coroa, o Patacão tinha mais valor. Segundo historiadores, ao chegar no Brasil em fuga das tropas de Napoleão, o rei exigiu que se criasse o “Carimbo Minas”, para que o imposto de 20%, chamado de “Quinto”, fosse contido na moeda. Então, o Patacão, comprado por 800 réis, passou a valer 960 réis após a carimbagem da Coroa.

Embora não se considere um colecionador, o santa-cruzense mantém uma organização lógica nos dois álbuns que separam as moedas e notas antigas. Entre as páginas plastificadas, há cédulas e moedas do Brasil, Estados Unidos, Suécia, Sérvia, Bulgária, Rússia, Polônia, Peru, Nicarágua, Uruguai, Moçambique e muito mais. “Já somam 80 países diferentes e, em algumas, tenho mais de uma nota de cada país”, contempla, orgulhoso.

Haroldo revela que não houve um evento simbólico para começar a coleção. “Bastou organizar tudo que acumulei ao longo do tempo. Veja, já tinha notas guardadas de uma viagem que fiz no leste europeu, moedas dos 38 fascículos que comprei nos anos 80, cédulas de intercambistas e de amigos que viajam e compartilham comigo”, conta. 

Hoje, o empresário completa a coleção comprando as raridades em sites verificados e com documentação que comprove a veracidade do dinheiro. “Para mim, não importa a quantidade e, sim, a qualidade e a variedade de notas de diferentes nações”, conclui.