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Revolução Constitucionalista de 1932 teve participação da região

Publicada dia 11/07/2022 às 16:25:22

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Dia 9 de julho é feriado no Estado de São Paulo e muitos sequer sabem o motivo da data. A comemoração é relacionada a Revolução Constitucionalista de 1932. No dia 9 de julho de 1932 a revolta foi irrompida com o assassinato, por grupo tenentista, dos estudantes Martins, Miragaia, Drausio e Camargo que se tornaram símbolo da revolta na sigla MMDC.

O início das disputas foi o conflito da exigência militar tenentista, o 'Clube 3 de Outubro', defensor de sistema ditatorial de governo, contra a pretensão paulista de restauração de sua hegemonia política ou o retorno da política dos governadores.

São Paulo não recebeu a integral adesão das forças armadas e nem dos estados, e, assim, as forças legalistas agiram rápido bloqueando o porto de Santos, impedindo esperados desembarques de tropas auxiliadoras. Contando apenas com algumas tropas mato-grossenses, a luta dividiu-se em frentes determinadas: 'O Vale do Paraíba, o Sul Paulista, o Leste Paulista e o Centro Sudoeste, esta última no guarnecimento do Paranapanema'.

Celso Prado, historiador, explicou que diversas cidades do interior paulista estiveram envolvidas na Revolução Constitucionalista, entre elas Santa Cruz com os seus voluntários para o primeiro contingente que foram encaminhados para Chavantes, a fim de treinamento intensivo com instrutor do exército, antes de enviados aos campos de batalhas, e os 'soldados' em recuperação de saúde eram servidos no 'Rancho do Soldado Constitucionalista'.

A organização santa-cruzense Cruz Azul colaborou na Revolução Constitucionalista, com arrecadações de fundos através de leilões e festivais para equipamentos - compras de capacetes de aço para os soldados, outros equipamentos e artigos de barbearia, além de manter oficina de costuras e confecções de roupas, cachecóis, aventais, lençóis e outros artigos de cama e banho.

São Paulo foi derrotado nesta disputa. Os vitoriosos, por algum tempo, ocuparam a região até a garantia da pacificação. A Revolução de 1932 foi o último grande conflito político armado no Brasil, com participação popular, e a data de seu início é lembrada por feriado estadual, na máxima que a derrota paulista, nos campos de batalhas, tenha se transformado em vitória política, com a promulgação da Constituição, em 1934.