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Terapia de Constelação Familiar ajuda a resolver conflitos

Publicada dia 29/10/2018 às 18:50:34

Thaís Balielo

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As terapeutas facilitadoras da Constelação Familiar Tamiris Daiany Terezan Lopes e Alana Silva estão realizando grupos de constelação em Santa Cruz do Rio Pardo e vem resolvendo conflitos. As constelações familiares surgiram através dos estudos do psicoterapeuta alemão Bert Hellinger que observou que o sistema familiar tem influência em nossas vidas.

Tamiris explica que esta terapia não tem nenhuma ligação com religião. Se trata de um campo de informações, chamado campo morfogenético estudado pelo cientista Rupert Sheldrake. “Bert criou três leis que se chamam ordens do amor. Mesmo que não conheçamos estas leis, elas têm influência nas nossas vidas”, garante.

A primeira é a lei do pertencimento onde fala que tudo e todos têm direito de pertencer a um sistema familiar. A segunda é a lei da hierarquia de quem vem antes em um sistema familiar é maior, então por isso este respeito de olhar para estes ancestrais. A terceira é a lei do equilíbrio entre o dar e o receber.

“Quando estas leis não estão em ressonância, não estão caminhando de forma certa a gente se emaranha, então algo em nossa vida não vai para frente, pode ser o nosso relacionamento amoroso, pode ser relação com os pais, pode ser através do trabalho, através do dinheiro, pode ser através de uma doença. A constelação olha para diversos temas”, explica.

A constelação familiar pode ser feita com grupos ou de forma individual. Nas reuniões dos grupos é feito duas constelações por encontro. A pessoa que busca a constelação conversa com as facilitadoras sobre o tema de conflito que quer solucionar, mas as pessoas do grupo não ficam sabendo do que se trata. Quem está participando é chamado pela pessoa para “representar” os personagens de seu conflito.

“A pessoa levanta, olha nos olhos das pessoas que estão assistindo e escolhe as pessoas para representar os conflitos de sua vida. Ela passa mentalmente o papel para a pessoa e os participantes começam a sentir as emoções. Vontade de chorar, de rir, raiva, não querer ficar perto. Através disso nós vamos conversando e identificando os problemas. A pessoa realmente sente as emoções do papel que está representando, mas não entende qual é o assunto. Elas entram no campo morfogenético”, explica.

A terapeuta Alana diz que quando a pessoa tem medo de se expor através do grupo existe a constelação individual que é feita através de bonecos para representar os integrantes do conflito. “A diferença é que na individual o cliente tem que falar mais os detalhes do problema. Já em grupo vem todos os sentimentos naturalmente nas pessoas que estão dentro do campo”, pondera.

Tamiris relatou que o judiciário já vem utilizando esta terapia para resolver conflitos. O tema já foi mostrado em reportagem no Fantástico onde o próprio juiz é terapeuta e facilita a constelação em seus casos antes de formular as sentenças. Esta terapia também vem sendo aplicadas em empresas.