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Grávidas podem se beneficiar com drenagem linfática

Publicada dia 16/09/2019 às 16:33:40

Thaís Balielo

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Uma das reclamações mais comuns entre as gestantes é o inchaço, principalmente nos pés, pernas e face. A massoterapeuta Sidneia Fernandes Teixeira explicou que isso ocorre porque a mulher passa por inúmeras modificações como o aumento da produção hormonal causando maior tendência na reabsorção do sódio e consequente retenção hídrica.

“Além disso, na medida em que a barriga cresce, a compressão na região abdominal e de vasos importantes para a circulação corporal aumenta, dificultando o retorno venoso, o que, além do inchaço, pode causar varizes, vasinhos e a sensação de pernas cansadas”, relata.

Sidneia explica que o sistema linfático é responsável por captar o excesso de líquidos intersticiais (que ficam entre as células), transportando-os aos gânglios linfáticos. Eles filtram a linfa, retirando componentes nocivos, e acionam células de defesa para combater vírus e bactérias. Promovem a eliminação do excesso de líquidos do corpo e devolvem ao sistema venoso as proteínas, minerais e nutrientes.

“A gravidez é uma fase de muitas mudanças biológicas e metabólicas para a mulher e, devido a vários fatores, o organismo nem sempre dá conta de eliminar naturalmente esse excesso de líquidos. Neste caso é indicada a drenagem linfática”, aconselha.

A drenagem linfática é uma técnica que, por meio da massagem com manobras específicas de suave pressão e ritmo lento e constante, consegue estimular o sistema linfático. A técnica consiste em estimular os gânglios linfáticos do corpo facilitando assim a eliminação dos edemas.

A técnica também promove o relaxamento e bem estar à gestante, além de estimular o sistema circulatório, melhorando a sensação de pernas cansadas e promovendo a nutrição e melhora da oxigenação tecidual. “A drenagem ajuda também na diminuição da celulite. Como a celulite é uma inflamação na célula causada pelo acúmulo de gordura, ela pode ser reduzida por meio da drenagem. No entanto, ela não previne as estrias, muito comuns nesta fase”, argumenta.

Sidneia alerta que a drenagem não pode ser feita antes dos três meses de gestação. Além disso, não é recomendada para grávidas que tenham hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda ou qualquer doença relacionada ao sistema linfático. “No entanto, mesmo as gestantes que não apresentam nenhum problema de saúde, é fundamental o aval do médico obstetra para começar as sessões de drenagem. Somente com essa autorização, o profissional pode aplicar a massagem”, afirma.

A drenagem linfática na gestação trabalha normalmente pernas, pés e face, podendo ser estendida a braços e costas. “Não há abordagem na barriga e não há riscos ao bebê”, garante. Há duas posições na drenagem linfática em gestantes: de barriga para cima ou deitada de lado. “Basicamente, deve-se ter cuidado com o posicionamento da gestante para deixá-la confortável tanto para respirar quanto para não promover dor nas costas. O recomendável é fazer de uma a duas sessões por semana”, diz.