< Voltar

Vereadores da situação rejeitam projeto de emendas impositivas

Publicada dia 13/06/2019 às 12:38:09

Renan Alves

vereadores-da-situacao-rejeitam-projeto-de-emendas-impositivas


Os vereadores da situação rejeitaram na última segunda-feira, 3, o projeto de autoria do vereador Luciano Severo (PRB) que pretendia criar emendas impositivas. O documento recebeu votos contrários dos vereadores Cristiano Miranda (PSB) e João Marcelo (DEM) e as abstenções de Edvaldo (DEM), Lourival Heitor (DEM), Luiz Tavares (PSB), Marco Valantiere (PL) e Milton de Lima (PL).

O projeto queria criar emendas impositivas ao município e dar aos 13 vereadores o poder de definir o envio e a utilização de verbas do município, que poderiam ser gastas com equipamentos, veículos e com entidades. Obrigatoriamente, 50% do valor total deveria ser aplicado na área da saúde. O prefeito em exercício seria obrigado a executar aquilo que foi proposto pelo vereador, sob pena de crime de responsabilidade.

A sessão contou com a participação de integrantes de diversas entidades. O pastor Jacks Santos, representante da comunidade Os Samaritanos usou a tribuna para expor as dificuldades das entidades locais.

Na tribuna, Severo afirmou que está sendo perseguido pelo político que ele ajudou a devolver o cargo quando renunciou. Já Cristiano Neves (PRB), confessou que foi cabo eleitoral de Otacílio Assis (PSB) nas eleições de 2016, mas que acabou conhecendo a essência do prefeito. “Pessoas saem chorando do gabinete, funcionários humilhados, o próprio (Ricardo) Madalena afirmou que ele (Otacílio) age como coronel”, disparou.

Joel de Araújo (PRB) também foi enfático e afirmou que o projeto só foi rejeitado porque não era do prefeito. “Tudo tem que passar na mão do rei, porque aí sim vira ouro”, parafraseou. Severo também seguiu a linha de raciocínio de Joel e disse que Otacílio quer pedidos. “Ele quer que vá lá implorar, é soberbo, prepotente, administra da forma que bem quer”, disparou.

Já Edvaldo sentiu a pressão popular e recuou em seu discurso. “O projeto não é ruim, mas foi apresentado de maneira errada”, justificou. Luiz Tavares elogiou e pediu que entendessem seu voto. “Essa é a melhor administração que já vi”, elogiou.

A sessão também foi marcada por troca de farpas entre Severo e Cristiano Miranda. “Eu não dependo de dinheiro de vereador para sobreviver”, disparou o militar. Miranda teve seu microfone cortado e não respondeu ao vereador.

Sob vaias, gritos e manifestações, a sessão foi encerrada como uma das mais tumultuadas deste mandato e durante a semana, alguns vereadores sugeriram que as próximas polêmicas tenham presença policial. “Era necessária a presença da Polícia Militar naquele momento”, disse Marco Valantiere.