Se posicionando à direita, Murilo apresenta Cury como seu vice

Renan Alves

O vereador Murilo Costa Sala (SD) anunciou na manhã de hoje, 12, em uma coletiva de imprensa que o pecuarista Maurício Cury é seu pré-candidato à prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo para as eleições 2020. “Conheço o Maurício há bastante tempo, uma pessoas que é honesta, e tem uma capacidade de agregar o nosso grupo muito grande. E o fator principal, pra mim, é a integridade da pessoa, e lógico, uma nova forma de fazer política, renovação realmente de pensamentos dentro da política”, disse Sala.

Maurício José da Silva Cury, 58 anos, é de Santa Cruz do Rio Pardo, filho de José Jorge Cury, que era auditor da Receita Federal. Pecuarista, por muitos anos trabalhou no comércio na área de drogarias. “Como a gente tem uma propriedade rural, ficou muito difícil conciliar os dois trabalhos, então optei pela pecuária Eu não tenho uma ligação direta com a política, eu nunca fui político, eu gosto de acompanhar a política e acompanhei sempre o Murilo, então através disso, eu fui convidado a participar de reuniões e ofereci meu serviço”, pontuou.

Cury morou em Santiago, no Chile, por um ano e meio e viveu a ditadura de Augusto Pinochet. “Nós tínhamos toque de recolher às 22 horas. Sai de Santiago e fui ao Estados Unidos, a maior democracia do mundo, onde fiquei 4 anos. Ou seja, eu tenho bons parâmetros entre ditadura e democracia. A nossa aqui até hoje não está bem definida, se foi ditadura ou se foi democracia. Ao meu ver, vivi bem naquela época, então não tenho o que reclamar”, afirmou Cury.

Sobre a gestão municipal atual, Cury suavizou. “O Otacílio é meu amigo particular, eu jamais falaria mal dele em qualquer coisa. Tem erros, mas também vamos cometer, somos seres humanos e passíveis de erro todos os dias. Ele fez uma ótima administração, mas poderia ser melhor. Como eu ando muito na cidade, eu vejo algumas falhas que não estão sendo nem cogitadas”, disse Maurício.

Sobre postagens favoráveis ao governo de Jair, Cury disse que tem ideologias de direita. “Se não fosse o Bolsonaro, mas fosse uma pessoa que está ligada à área de direita, eu apoiaria também. Se ele errar, eu vou criticar, como já critiquei a respeito dos filhos”, conta Maurício.

“Eu acho que não é por ser de esquerda ou de direita que o social atua e se desenvolve bem ou não. Até mesmo, porque a gente vê em alguns lugares que o governo eleito até por esquerda perdeu muito no social. Nós entramos com a linha de direita, mas eu já falei que sou centro-direita”, finalizou Murilo.