Golpe do depósito estornado populariza e faz vítima em Santa Cruz
Carol Leme
Diversas publicações estão alertando os brasileiros sobre o golpe do depósito estornado. Ele pode acontecer de diversas maneiras, mas sempre envolve alguma história relacionada a valores depositados na conta da vítima. Iludida por um depósito feito por engano ou por ter ganhado algum prêmio, a pessoa confere que o valor está em sua conta e acaba devolvendo ou depositando para o golpista, no entanto, horas depois o banco confere que o envelope estava vazio e estorna da conta do seu cliente o que criminosos supostamente haviam depositado.
Isso aconteceu em Santa Cruz na última terça-feira, 24, quando uma professora aposentada, 69, recebeu uma ligação da Vivo, com número de São Paulo, afirmando que ela havia ganhado um prêmio de R$ 10 mil. Desconfiada, ela perguntou onde poderia consultar a informação e o golpista forneceu um suposto site da Receita Federal que mostrava um sorteio e prêmios. Ela foi convencida a ir até seu banco, onde verificou que havia um depósito de R$ 5 mil em seu extrato, porém, para recebê-lo, ela teria que depositar R$ 89,90. Depois disso, o criminoso fez com que ela fosse a outros bancos e fizesse novos depósitos. Por fim, ela acabou enviando quase R$ 3 mil para as contas fornecidas por ele e o valor que ela “ganhou”, após vários depósitos, foi de R$ 12 mil, ultrapassando o proposto. No dia seguinte, ela viu que os valores tinham sido estornados da sua conta e descobriu que se tratava de um golpe.
O delegado da Polícia Civil Renato Mardegan conta que este foi o primeiro caso deste tipo, embora estelionatos envolvendo ligações e depósitos sejam antigos e conhecidos por quase todo mundo. “Os golpistas são articulados e se aproveitam da emoção das vítimas. A verdade é que as pessoas caem por ganância, acreditando neste dinheiro fácil mediante um pequeno depósito. Mas é preciso lembrar que todos os depósitos estão sujeitos a confirmação em 24h. Dificilmente quem cai volta a ver o seu dinheiro, pois estes telefones e contas costumam ser registrados em documentos falsos ou roubados”, avisa.
