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Dançarina da Gang do Samba veio à Santa Cruz visitar a família

Publicada dia 02/01/2018 às 11:42:34

Carol Leme

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A modelo e dançarina Carolzinha Figueira, dona de mais de cinco fã-clubes e quase 200 mil seguidores no Instagram esteve este mês em Santa Cruz para visitar a mãe, Selma Figueira, a irmã Camila, e parentes que ainda moram na cidade.

A dançarina mora atualmente em Salvador, mas viaja por todo o Brasil com a banda de axé Gang do Samba, que estourou na mídia nos anos 90 com os sucessos Raimunda, Cada Macaco no seu Galho e Rala o Bumbum. Carolzinha nasceu em São Paulo, cidade em que a mãe conheceu seu pai e mudou-se para Santa Cruz aos sete anos, quando estudou na escola Sinharinha Camarinha. “Com 12 anos eu decidi ir morar em Praia Grande com meu pai porque já sonhava em dançar e aqui não tinha oportunidades. Minha mãe também não gostava muito”, revela.

Aos 16, a modelo resolveu voltar para Santa Cruz, mas ficou apenas 8 meses por não se adaptar novamente à cidade, mas guarda boas lembranças. “Eu jogava no time pré-mirim de handebol e amava, como tudo que gosto eu só pensava nisso. Também gostava de sair andar de bicicleta com minha irmã e primo e não tinha perigo nenhum, era uma cidade tranquila”, lembra.

Em Praia Grande, Carolzinha deu os primeiros passos para a carreira de dançarina ao ingressar em um grupo conhecido na Baixada Santista e começou a se apresentar em eventos e festivais na praia nos fins de ano. “Meu pai sempre me apoiou, mas não me deixava dançar em certos lugares que não eram apropriados para minha idade. Uma vez fiz uma loucura e vendi um rádio dele para ir me apresentar em Santos e ele ficou bravo e me fez pegá-lo de volta”.

Aos 19 anos, após diversas propostas para dançar forró, ela finalmente aceitou e largou o emprego que tinha em um bingo para ganhar metade do salário na banda Fala Sério da Bahia, que na época estava em São Paulo, mas acabou mudando para o nordeste um tempo depois.

Em 2009 ela mudou para o forró Rasta Chinela, onde ficou oito meses até ir para a Dejavu do Brasil, Capa de Revista e a Saia Rodada, no Rio Grande do Norte, que foi um divisor de águas para sua carreira. “Passei a gravar programas de TV, conheci de vez o que faltava do Brasil, e passei a ser ainda mais conhecida”, explica.

Depois, passou pelo Furacão do Forró, Forró do Movimento, e a Rabo de Vaca em Manaus, que era famosa no norte do país, em 2013 - quando tirou suas primeiras férias. “Parei por três meses para pôr silicone e fazer lipoaspiração e, claro, ver a família, pois nunca tinha tempo para ver eles com tantas viagens. Retornando ainda passou pelas bandas Forró do Movimento novamente e Furacão do Forró, quando decidiu encerrar sua carreira no estilo musical. “Fiquei sete anos dançando quase sem parar, tinha sobrinhos pequenos, estava cansada e infeliz. Mas em dois meses recebi uma proposta para entrar nas Tigresas do Funk e nas Mascaradas do Funk, mas fiquei apenas um ano, pois não me identifiquei com o estilo das danças”, revela.

Em 2014, Carolzinha voltou à Praia Grande e decidiu fazer faculdade de nutrição,  montou um quarto na casa do pai, mas os planos mais uma vez duraram pouco, já que foi convidada para dançar na Gang do Samba, que fica em Fortaleza. “Sempre sonhei em danças de axé ou pagode baiano como chamam por lá. Eu acompanhava a banda desde pequena e não tive como recusar. E desde então estou com eles e hoje tenho o apoio de toda a família que viu que eu persegui aquilo que eu queria”, comemora.

Em Santa Cruz, a dançarina realizou dois “aulões” de axé na academia Moovit, com os maiores sucessos dos anos 90 e 2000. “Foi um sucesso e foram muitas pessoas”, finaliza.