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Pregão é anulado e empresa de São Paulo vence licitação de transporte universitário

Publicada dia 29/04/2018 às 20:36:00

Carol Leme

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E continua o impasse no caso do transporte de universitários em Santa Cruz. Desta vez, o pregão que aconteceu há cerca de duas semanas e definiu a viação Riopardense como a vencedora foi anulado devido a procedimentos incorretos. Isso porque, ao início da sessão, deveria ter sido aberto o envelope contendo os documentos da M.A.S, que foi a segunda colocada na licitação, porém, por falta de representantes da empresa, a pregoeira acabou se confundindo e partindo para fase de lances com os presentes na ocasião, que eram da San Carlos, Riopardense e Transline, de Londrina. Cerca de uma semana depois, a prefeitura se deu conta do erro e remarcou a solenidade.

Por fim, uma nova sessão foi agendada para a quarta-feira passada, 25, para abrir os documentos da M.A.S, que é de São Paulo, e, se houvesse algo que a desabilitasse, valeriam os lances dados na primeira licitação pelas concorrentes. Nenhuma das empresas compareceu à prefeitura, e o envelope foi aberto na presença do procurador da prefeitura, pregoeira e testemunhas. Para evitar conflitos pela ausência dos concorrentes, um funcionário municipal filmou a abertura do envelope e a conferência dos documentos. A pregoeira Luciana Araújo anunciou após análise que o certificado de FGTS e a certidão estadual estavam vencidas, porém, por se tratar de uma microempresa, a lei lhe confere cinco dias úteis após notificação para que apresente os documentos em ordem. Se tudo estiver certo, a M.A.S deve assumir o serviço do transporte de alunos dentro de pouco mais de um mês.

Para prestar o serviço, a empresa cobrou R$ 5,47 por quilômetro rodado no ônibus que vai para Jacarezinho (PR), R$ 3,80 para o micro-ônibus que vai a mesma cidade, R$ 5,45 para as universidades de Marília e R$ 5,60 para Ourinhos. Para se ter ideia, a San Carlos, que realiza o transporte há cerca de 10 anos, apresentou lances por volta de R$ 2 a mais por quilometro rodado, alegando que o custo de combustíveis aumenta frequentemente. A San Carlos continuará levando os estudantes somente à Bauru, que ainda tem contrato vigente.

Caso a M.A.S não entregue os papéis exigidos para assumir o serviço, haverá uma nova sessão para abrir a documentação da 3ª colocada, a Megaplus, que também é de São Paulo.

Estudantes preocupados

No meio dos impasses desde a primeira licitação, os universitários se mostram preocupados pela mudança da empresa que presta o serviço. Aluna do 3º ano de Direito em Ourinhos, Giovana Xavier tem receio de que o novo motorista não pare no ponto em que ela toma o ônibus. “Além disso, o ônibus tem wi-fi, ar-condicionado e até tomada para carregar o celular. Tenho medo de que mudem para um com menor qualidade”, conta.

No 5º ano de Direito em Marília, Beatriz Meneguello revela que as notícias de que a Riopardense havia vencido o pregão deixaram os seus amigos preocupados e inseguros. “Pensamos que iríamos de circular para a faculdade, e é uma viagem longa. Eu gosto do motorista e também tenho receio de que o novo não conheça o caminho para as faculdades, já que será de fora”, declara.