Falta de Vitamina D traz riscos à saúde

A deficiência de vitamina D no organismo é uma realidade de milhões de pessoas ao redor do mundo, e o Brasil segue esse ritmo. De acordo com um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 16% da população com mais de 50 anos têm níveis insuficientes do nutriente.

Estudos mais recentes também indicaram que a deficiência dessa vitamina poderia estar associada ao desenvolvimento de doenças como as cardiovasculares e neuromusculares, como o diabetes, a esclerose múltipla, e o câncer.  Segundo pesquisas, a razão para que isso acontecesse estaria atrelada à participação da vitamina D na fisiologia do sistema imunológico, influenciando a produção e maturação das células.

Segundo a nutricionista Bruna Gazola, alguns dos sintomas comuns entre os que sofrem com um déficit de vitamina D são sensação de fraqueza muscular, dores nos ossos, fadiga, falta de ar, gripes e resfriados recorrentes, dificuldades cognitivas como problemas de aprendizagem e concentração, e alterações de humor, principalmente com sinais depressivos.

Nas crianças, a carência do nutriente pode levar ao retardo no crescimento e causar o raquitismo, com enfraquecimento dos ossos. Já nos adultos, pode ocasionar o aumento do risco de quedas e fraturas, devido à acentuada fraqueza muscular e associação com problemas ósseos relacionados ao enfraquecimento, aumento da fragilidade e porosidade, além da perda de massa óssea. Baixos níveis de vitamina D também podem ser associados a um sistema imunológico deficiente, alterações na regulação da insulina e metabolismo do colágeno.

Para manter um nível de Vitamina D adequado, Bruna dá dicas. “Manter uma adequada exposição à luz solar, pois de 80 a 90% da vitamina D do nosso organismo será sintetizada pela pele a partir desta exposição, sendo necessários de 10 a 15 minutos diários, de preferência no início da manhã ou final da tarde e sem o uso de filtro solar. Complementar com uma alimentação balanceada que inclua alimentos que possuem essa vitamina”, explica. Esses alimentos seriam peixes como salmão, sardinha, atum, truta, cavala, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, fígado bovino e cogumelos.

O indivíduo consegue consultar seu nível de vitamina no corpo através de exames de sangue, que podem ser solicitados por profissionais de saúde caso haja suspeita da deficiência ou em exames de rotina.