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Como ajudar as crianças a se adaptarem à volta às aulas?

Publicada dia 05/02/2025 às 16:06:57

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O retorno às aulas, especialmente após as férias de final de ano, pode ser desafiador para muitas crianças.  Segundo a psicóloga Natalia Sancevini, alterações na rotina, ansiedade de separação e dificuldades de socialização estão entre os principais fatores que podem tornar esse período delicado.

Durante as férias, horários mais flexíveis e a proximidade constante com a família criam uma dinâmica que difere da rotina escolar, marcada por horários fixos e regras estruturadas. “Essa readaptação pode ser desconfortável e desafiadora no início”, explica a psicóloga. Crianças menores podem enfrentar ansiedade de separação, enquanto outras lidam com dificuldades para criar ou retomar vínculos sociais.

Os sinais de que a adaptação está sendo mais difícil do que o esperado incluem resistência frequente em ir à escola, como choro e birras, além de sintomas físicos como dores de cabeça ou de estômago. Mudanças de comportamento, irritabilidade, apatia e dificuldades para dormir ou comer também podem indicar um problema. “Regressão comportamental, como escapes de xixi, ou medo intenso de situações escolares são outros sinais que merecem atenção”, alerta Natalia.

A especialista sugere atividades para ajudar a preparar as crianças antes do início das aulas, como visitar a escola e conhecer professores ou funcionários, estimular a autonomia para atividades do dia a dia, e criar associações positivas com o ambiente escolar por meio de histórias e brincadeiras. Envolver as crianças nos preparativos e ajustar gradualmente a rotina de horários são estratégias importantes.

Caso a adaptação demore mais do que o esperado e impacte o bem-estar emocional ou acadêmico da criança, Natalia recomenda buscar ajuda profissional. “Um psicólogo pode avaliar as causas, ensinar estratégias de enfrentamento e colaborar com a escola para apoiar a criança”, afirma. Segundo a psicóloga, essas intervenções ajudam a evitar que a dificuldade de adaptação se transforme em problemas mais graves, como fobia escolar, transtornos de ansiedade ou impactos no desenvolvimento emocional e acadêmico.