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Cartórios adotam sistema que facilita cadastro para doadores de órgãos

Publicada dia 22/05/2024 às 11:04:28

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Matheus Braga


Doar órgãos é um gesto de solidariedade que pode salvar vidas. Agora, graças ao novo sistema adotado pelos cartórios de notas em todo o Brasil, tornou-se mais fácil, rápido e seguro manifestar essa vontade.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, e o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, apresentaram durante a sessão plenária realizada em abril deste ano a campanha "Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém". Essa iniciativa não apenas ressalta a importância da doação de órgãos, mas também marca a regulamentação do sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO).

A grande novidade é que agora qualquer pessoa que deseje ser doadora pode manifestar e formalizar sua vontade por meio de um documento oficial, gerado digitalmente em qualquer cartório do país. Esse documento, além de ser reconhecido legalmente, proporciona maior segurança e agilidade no processo de doação.

Antes dessa regulamentação, o processo para manifestar essa vontade era muitas vezes burocrático e demorado, o que podia desencorajar potenciais doadores. Agora, com a possibilidade de fazer isso diretamente nos cartórios, o procedimento se torna mais acessível e simples, incentivando um maior número de pessoas a se tornarem doadoras.

Além da facilitação para tornar-se doador, através do sistema, o cidadão poderá escolher quais órgãos pretende doar. Segundo dados da  Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mais de 40 mil pessoas no país estão na fila única de transplante que aguardam  doações de rim, seguido por fígado, coração, pulmão, pâncreas, medula e córnea.

Com essa iniciativa, espera-se ampliar o número de doadores e, consequentemente, aumentar as chances de sucesso nos transplantes, oferecendo uma nova oportunidade de vida para aqueles que aguardam na fila. Em entrevista para o Atual, o vendedor Thiago Henrique de Almeida destaca sua motivação para ser um doador: “A possibilidade de ser mais uma chance de vida ou melhor qualidade de vida a alguém.” e ainda ressalta: “Eu, possuo carteirinha de doador, minha família e  todos a minha volta estão cientes da minha vontade, deixo claro a importância e o meu desejo de ser doador.” completa Thiago. 

Além disso, a regulamentação do sistema AEDO também traz mais transparência e segurança jurídica para o processo de doação de órgãos, garantindo que a vontade do doador seja respeitada e que todo o processo ocorra de forma ética e legal.

Em suma, o novo sistema de doação de órgãos adotado pelos cartórios representa um avanço significativo na promoção da cultura da doação no Brasil, tornando mais fácil para pessoas que manifestam esse desejo.