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Capacetes Elmo estão ajudando a diminuir uso da UTI

Publicada dia 04/05/2021 às 15:26:53

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Thaís Balielo


Recentemente um grupo de empresários santa-cruzenses doaram 10 capacetes Elmo para a Santa Casa de Misericórdia. O equipamento passou a ser utilizado imediatamente nos pacientes e já tem dado resultados. A fisioterapeuta Manoela Ribeiro de Andrade faz parte da equipe que regula os equipamentos nos pacientes e explica que eles têm ajudado bastante.

O dispositivo faz uma ventilação assistida não invasiva. “Alguns pacientes com indicação de intubação conseguimos evitar, ou ao menos ganhar tempo. Existem os pacientes que não se adaptam, principalmente pelo fator psicológico. Jovens costumam tolerar melhor o capacete”, conta.

Ela explica que, antes dos capacetes, os recursos que tinham para ventilação não invasiva eram somente com o uso do ventilador mecânico. “O Elmo faz isso sem o equipamento, somente sendo necessária rede de gases (ar comprimido e oxigênio). Como a Santa Casa tem em praticamente todos os quartos essa rede canalizada, evita o uso de leitos de UTI para a ventilação mecânica não invasiva”, relata.

O equipamento melhora a oxigenação desses doentes, previne a fadiga muscular, e garante a troca gasosa. Ele é capaz de manter a pressão positiva contínua nas vias aéreas através de ar comprimido medicinal e oxigênio, reduzindo o esforço respiratório do paciente. “No entanto é crucial indicarmos a intubação no momento certo, não podemos protelar”, pondera.

O capacete Elmo foi desenvolvido por pesquisadores do Ceará. Segundo os pesquisadores, o equipamento pode reduzir em 60% a necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a intubação de pacientes contaminados pelo novo coronavírus.

Acomodado ao pescoço do paciente, o Elmo permite ofertar oxigênio a uma pressão definida ao redor da face, sem necessidade de intubação. Dessa forma, a pessoa consegue respirar com auxílio da pressurização e da oferta de oxigênio. O sistema possibilita, portanto, a melhora na respiração e pode ser utilizado fora de leitos de UTI.

O equipamento pode ser desinfectado e reutilizado. Outro benefício é o custo inferior em relação aos respiradores mecânicos e a maior segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.