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Projetos de Juninho continuam causando polêmica na Câmara

Publicada dia 06/04/2021 às 11:36:10

Pedro Figueira

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Como já está se tornando corriqueiro nas sessões da Câmara Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo, as polêmicas e discussões ocorrem sempre em volta de projetos ou requerimentos do vereador Juninho Souza (Republicanos). A polêmica da vez girou em torno do asfalto no bairro rural da Graminha.

Uma verba para realização de um quilômetro de asfalto à frio na estrada rural da graminha já havia sido aprovada, inclusive com o voto favorável do vereador, quando ele resolveu apresentar outro projeto obrigando que o asfalto no bairro seja do tipo CBUQ (usinado a quente). O projeto só teve o voto de Juninho e Paulo Pinhata favoráveis. Os outros vereadores foram contrários.

O vereador Niltinho disse durante as discussões que os próprios moradores preferem o asfalto frio, desde que na mesma qualidade do primeiro quilômetro já executado pela Codesan. Ele disse ter conversado com moradores que estão satisfeito com a qualidade e preferem este tipo por ser mais barato e possibilitar o asfalto em trechos maiores.

Outros vereadores como Cristiano Miranda, Cristiano Tavares e Professor Duzão também utilizaram da palavra durante as discussões do projeto e foram unanimes em dizer que o asfalto quente inviabilizaria a obra. O principal argumento foi que o asfalto frio é feito pela Codesan e com uma manutenção mais fácil de ser executada. Outro ponto foi que o asfalto quente, além de ser mais caro, ainda necessita da instalação de galerias e guias, o que não seria viável em uma estrada rural.

Outros dois assuntos trazidos por Juninho Souza foi a redução dos salários de agentes políticos durante a pandemia e o fim do trabalho home office pelos funcionários da Câmara. Os temas não geraram discussões durante a sessão, mas causaram polêmica durante a semana.

O projeto para reduzir os salários dos agentes políticos nem chegou a entrar em votação, pois foi barrado pelas comissões. Apenas foi feita a leitura e votação dos pareceres sobre o tema. Os pareceres foram unanimes em apontar que a matéria não pode ser proposta por um vereador de forma individual, mas sim pela mesa diretora.

Durante a reunião das comissões na quinta-feira anterior a sessão o tema causou um bate boca entre Juninho e Professor Duzão. O vereador do PSB argumentou que essa mudança acarretaria um corte no salário de diversos profissionais, principalmente de médicos, pois seus salários têm como referência determinadas porcentagens do salário do prefeito. Portanto, médicos teriam seus vencimentos cortados consideravelmente e isso poderia aumentar o caos na saúde gerado pela própria pandemia.

Um requerimento do vereador Juninho Souza também teve repercussão fora da sessão. Ele pede no documento que os funcionários da Câmara tenham seus salários reduzidos quando trabalharem em home office. Atualmente a Câmara está mantendo seu quadro de funcionários em sistema de revezamento entre o sistema presencial e o trabalho remoto, para diminuir a circulação de pessoas, com um cuidado em relação à propagação do coronavírus.

Juninho participou de entrevistas em órgãos de imprensa falando sobre o tema e reclamando que muitos pais de família estão na rua trabalhando e não seria justo o funcionário da Câmara receber para ficar em casa. No entanto, o presidente da Câmara garante que o trabalho remoto está sendo realizado sem prejuízo ao funcionamento da casa legislativa.