Gato é morto com tiro de chumbinho na Vila 80

Arquivo Pessoal

Diego Singolani

No último dia 6 de março, a professora Patrícia Leme da Silva e suas filhas Julie e Carol enfrentaram momentos dramáticos. Milk, um dos gatos da família, foi encontrado ferido, dentro de casa. O animal foi socorrido, medicado, mas seu estado não melhorou nos dias seguintes, até que o pior aconteceu. Milk foi levado às pressas novamente ao veterinário, que constatou através de exame de imagem que o gato havia sido alvejado com uma bala de chumbinho. O projétil atingiu vários órgãos e causou uma infecção generalizada. O animal não resistiu à cirurgia e morreu. Abalada, Patrícia denunciou o fato a polícia e teme que outros animais do bairro possam ser alvo de ataques.

Patrícia mora na Rua Fernando Souza Santos, no bairro Vila 80, há cinco anos. Engajada na causa animal, assim como suas filhas, ela cuida de outros 11 gatos, todos castrados e com coleira de identificação. “Nunca tivemos nenhum problema com os vizinhos. Inclusive, quando me mudei, fiz uma pesquisa antes. Meus gatos não costumam ir a outras casas”, afirmou. A professora conta que estava preparando o almoço na manhã do incidente, quando sua filha Julie encontrou Milk ferido. “Ele estava escondido embaixo do sofá, passando mal, vomitando e sangrando”, relembra. A princípio, a família acreditou que o animal pudesse ter sido atropelado. Milk foi levado a veterinária que observou uma pequena perfuração em seu abdome. “Cogitamos se seria um tiro, mas como nunca houve nenhuma polêmica com a vizinhança, descartamos. Achamos que o ferimento poderia ter sido da ponta das molas do sofá sob o qual ele se escondeu. Havia marcas de sangue no local”, disse Patrícia.

Dois dias depois do episódio, Milk permanecia abatido, sem comer e com abdome inchado. Em uma nova visita a veterinária, a orientação foi para o encaminhamento a Ourinhos. “O raio-x atestou que ele foi alvejado com uma bala de chumbinho. Vários órgãos foram atingidos e a bala ficou alojada na perna esquerda. Ele teve infecção generalizada e não resistiu à cirurgia”, afirmou a dona, que registrou um boletim de ocorrência. “Fica um sentimento de tristeza profunda e de insegurança. A gente se sente invadida no nosso espaço. O Milk não ia à casa de ninguém. Tenho receio que isso possa se repetir com outros animais. Estamos pensando em colocar câmeras no quintal”, desabafou Patrícia.