Setor de bares e restaurantes defende volta do horário de verão, diz Abrasel
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) encaminhou na última sexta-feira (22) uma carta ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva defendendo o retorno do horário de verão.
A associação, que representa 1,5 milhão de empreendimentos no Brasil, alega que o horário de verão é vantajoso para estimular a atividade comercial no período entre a tarde e a noite, por aproveitar o maior período de incidência solar após o término da jornada de trabalho.
“Isso resulta em um aumento nas receitas e na criação de empregos, o que é particularmente importante em um momento de recuperação econômica como o que estamos enfrentando”, ressalta a Abrasel em trecho da carta.
A associação estima que com o horário de verão a receita de bares e restaurantes possa aumentar de 10% a 15%. Na carta, a Abrasel ainda reforça outros benefícios que seriam promovidos com a volta do horário de verão para diversos setores.
Além do setor de serviços como um todo, a associação defende que o turismo se beneficiaria, uma vez que “os turistas tendem a aproveitar mais o destino, estendendo suas atividades até mais tarde”.
O horário de verão foi extinto em abril de 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro decretou o fim da medida.
Economia de energia
O horário de verão é adotado também em outras partes do mundo, com um dos principais motivadores sendo a economia de energia.
Com a mudança no relógio, maior parte do tempo ativo das pessoas ocorreria antes do sol se por, assim levando a um menor consumo de eletricidade.
Contudo, na sexta-feira, o Ministério de Minas e Energia disse em nota que, até o momento, não havia necessidade da reimplementação do horário de verão no Brasil e que portanto a possibilidade estaria descartada.
Na carta enviada ao governo, a Abrasel reforça que o horário de verão traz benefícios sociais além dos econômicos.
“Adotado com sucesso em outras partes do mundo, como na União Europeia e nos Estados Unidos, o horário de verão também traria à população brasileira uma sinalização clara da necessidade de economizar energia e repensar hábitos, aspecto importante para as gerações futuras”, pontua a associação.