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Projeto criado por estudantes realiza o plantio de árvores em Santa Cruz

Publicada dia 29/12/2022 às 11:19:41

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Giovana Dal Posso


Criada em 2002, a Associação Rio Pardo vivo é uma das instituições principais quando se fala de preservação da natureza em Santa Cruz do Rio Pardo, atuando na Bacia do Rio Pardo. Em agosto de 2022, um grupo de alunos de Relações Públicas da Universidade Estadual Paulista (UNESP) "Júlio de Mesquita Filho", formado por Luiza Cogo, Matheus de Castro, Alesxya da Silva, João Guilherme de Cusates e Rafael Bueno, entraram em contato com a entidade para apresentar um projeto que fazia parte do seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Luiza Cogo, que é santa-cruzense, diz que a ideia de escolher a ONG surgiu de um trabalho que precisaria ser feito para uma matéria da faculdade: “Temos em Relações Públicas uma matéria que se chama Comunicação em Terceiro Setor. Nessa matéria tivemos um trabalho que era formular estratégias de comunicação para entidades que eram dessa área, e a primeira coisa que me veio na mente foi a ONG Rio Pardo Vivo”.

Além de trabalhar com a reformulação da identidade visual da associação, uma das ações que chamou atenção foi o Projeto Florescer, que que consiste no plantio de árvores pelas crianças das Instituições de Ensino Fundamental de Santa Cruz.  “O projeto Florescer surgiu através de várias informações que a gente coletou durante o período de análise de informações que conseguimos com voluntários e não voluntários, e a partir dali constatamos que existia muita informação teórica sobre conscientização ambiental, mas não tinha nenhuma prática, as pessoas não conseguiam se vincular com aquelas informações, então elaboramos o projeto para criar essa conexão com as plantas”, explica Luiza, “No caso escolhemos as crianças porque quando somos menores é a fase que vamos construindo nossos valores, então ter o valor ambiental desde cedo é muito importante. Sem falar que as crianças tem um poder de influência sobre os adultos e idosos muito grande”.

No dia 08 de dezembro, o Centro de Referência de Assistência Social da Estação, mais conhecido como CRAS Betinha, recebeu o primeiro plantio realizado pelo grupo – uma imponente árvore Pau-Brasil. “As espécies de árvores foram decididas a partir de reuniões que fizemos com profissionais da área ambiental que atuam na ONG. Atualmente temos duas espécies fixas, que são o Pau-Brasil e o Ypê, tanto pela beleza quanto pela representatividade nacional que essas espécies têm, e somente em casos de o porte da árvore ser muito grande para o local ou a pessoa não ter fácil acesso ao lugar do plantio que recorremos a outros tipos de muda que sejam adaptáveis ao ambiente que a instituição proporciona”, conta a estudante.

Além disso, a ideia de plantar as árvores em instituições e escolas e não em lugares públicos se deu pelo público que seria alcançado. “A maioria do público infantil está em foco nesses lugares”, relata Luiza, “Além de ter pessoas que vão estar auxiliando na manutenção (das árvores), e vão ter responsáveis que vão estar ajudando as crianças a fazerem manutenção de forma correta e ensinando não só as informações da cartilha, os conteúdos ecológicos, como também as instruções”. Ela também conta que num futuro, locais púbicos como praças e parques também podem receber o plantio das árvores contando que uma instituição pública seja próxima e tenha um fácil acesso.

As cartilhas, citadas por ela, são entregues as crianças e adolescentes com conteúdo sobre as árvores, temas ecológicos e de preservação. Nas que são entregues para os adolescentes, por exemplo, é possível encontrar curiosidades e instruções sobre a manutenção da planta, abordando também temáticas mais complexas, como a pegada de carbono, a pegada hídrica, o efeito estufa, aquecimento global e o ciclo do carbono – temas recorrentes no Ensino Médio e em vestibulares. “Além das cartilhas, nós entregamos também uma lista de dinâmicas que os professores podem estar fazendo com as crianças e com adolescentes, claro, adaptadas para as faixas etárias, para que não fique só naquela rotina de cuidar da planta, mas também criar uma atividade que seja possível relacionar futuramente através da memória”, finaliza.