CVV: o heroísmo silencioso por trás do Setembro Amarelo

Com o término da campanha do Setembro Amarelo, que tem como foco a prevenção ao suicídio e o cuidado com a saúde mental, é importante exaltar o trabalho dos voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV). Mas como funciona o trabalho deles e quais os desafios enfrentados ao lidar diariamente com pessoas em momentos de profunda angústia?
O Relatório de Atividades Nacionais do CVV indica que, no primeiro trimestre de 2024, a associação recebeu aproximadamente 786 mil contatos via telefone 188. Dessas, 659 mil foram completadas. De abril de 2023 a março de 2024, o mês com menor número de ligações registrou 201 mil contatos. Em números absolutos, os estados que mais utilizaram o 188 foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia, respectivamente. Porém, com os dados de ligações para cada 100 mil habitantes, Estados que mais procuraram o CVV foram Piauí, Paraíba, Distrito Federal, Ceará e Rio de Janeiro.
O relatório indica ainda que 8 em cada 10 voluntários preferem escolher o local onde farão o plantão do CVV. Segundo a assessoria de comunicação do CVV, os turnos são organizados para garantir que alguém esteja disponível para ouvir quem precisa durante as 24 horas do dia. “Fazemos plantões semanais de 4 horas”, explicam. Essa divisão do tempo é essencial para evitar a sobrecarga emocional dos voluntários, que lidam com situações delicadas e de alta complexidade.
Para garantir que os voluntários estejam preparados para oferecer esse suporte, o CVV oferece treinamentos constantes de forma presencial ou online. “São feitos pelos voluntários mais experientes, com encontros semanais durante esses três meses”, destaca a assessoria. Ao fim desse período, os voluntários estão prontos para atuar.
Outro aspecto importante do trabalho voluntário no CVV é o suporte oferecido àqueles que atendem as chamadas. O grupo conta com um sistema de acolhimento e apoio mútuo, onde voluntários mais experientes auxiliam os recém-chegados a lidar com os desafios e as emoções do dia a dia. “Temos treinamentos constantes feitos pelo próprio grupo internamente com os voluntários mais experientes”, esclarece a associação.
O trabalho do CVV, amplamente divulgado durante o Setembro Amarelo, continua durante todo o ano. Para quem deseja se tornar voluntário, o processo é simples: basta acessar o site da instituição e preencher o formulário de inscrição.
Para saber mais sobre como se voluntariar ou apoiar a causa, acesse o site oficial do CVV: https://cvv.org.br/seja-voluntario/.