Ballet Pilates tonifica o corpo com a ajuda de movimentos clássicos
Mariana Pires

Moda nos estúdios e academias de todo o País, o pilates provou o que prometia. Além de corrigir a postura, promover emagrecimento e aumento da força e equilíbrio, a série de exercícios e alongamentos agradou por não exigir repetições exaustivas, diferente da musculação e dos treinos fitness.
Devido a tantos benefícios, não demorou para outras modalidades derivantes do pilates surgirem, como foi o caso do Ballet Pilates. Unindo os movimentos característicos da dança com aparelhos e exercícios próprios do pilates, essa variante surgiu com base na pesquisa de uma educadora física da USP, Audrea Lara.
Aqui em Santa Cruz, a novidade chegou por meio da instrutora de pilates e também educadora física, Débora Ricci, que ministra suas aulas no espaço Be4You. “Como as duas modalidades conversam muito entre si, a aula acaba fluindo bem. Usamos o lado clássico do ballet com a estrutura do pilates. Ou seja, durante as séries vamos trabalhar respiração, concentração, força no abdômen e postura combinadas de alguns passos de dança simples, envolvendo as posições dos pés e das mãos”, explica a professora.
Graças a essa associação de movimentos, as atividades em conjunto acabam promovendo ainda mais benefícios do que se estivessem separadas. “Durante a aula, trabalha-se muito agachamento, fortalecimento de membros inferiores e até mesmo o cardio, principalmente durante o aquecimento”, Débora afirma. “Isso acaba ajudando muito na perda calórica, na melhora da pressão arterial e no condicionamento físico”.
E um, dois, três... plié
Quem um dia já foi bailarino, provavelmente sente falta da sequência de exercícios na barra, logo no início da aula. Enquanto a professora (ou professor) passava fazendo a contagem e verificando a postura de todos os alunos, alguma música clássica tocava no rádio, para dar ritmo à atividade.
Apesar de trazer de volta a barra de alongamento e as posições iniciais da dança, o Ballet Pilates conta com uma trilha sonora um pouco mais animada. “Apesar de resgatarmos o aspecto clássico, as músicas escolhidas são mais agitadas”, brinca Débora.
Ela explica que a escolha é necessária, já que diferente das aulas de ballet tradicional, a modalidade é bem mais dinâmica e utiliza diversos acessórios específicos. “Além da barra, utilizamos halteres e fitas para treinar a rotação do pulso”, conta. “Muitas pessoas acreditam que a escolha pela fita acontece somente pela beleza que ela confere à atividade, mas ela acaba sendo essencial para prevenir e reabilitar condições como a tendinite, por exemplo”.
Por ser uma atividade tranquila, não é necessário ser dançarino para praticar. “Qualquer um pode fazer a aula, mesmo que não possua conhecimentos prévios sobre ballet, já que só utilizamos movimentos básicos”, Débora afirma.