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Ciclistas percorrem 900 km até Santuário do Divino Pai Eterno

Publicada dia 13/12/2019 às 10:06:09

Arquivo Pessoal

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Pela terceira vez ciclistas de Santa Cruz do Rio Pardo e região viajaram mais de 900 quilômetros pedalando para chegar ao Santuário do Divino Pai Eterno na cidade de Trindade (GO). Foram os ciclistas Emerson Gonçalves e Geraldo Martelozo que iniciaram o projeto em 2017.

Eles resolveram a data e começaram os preparativos. Em conversa com outros ciclistas conseguiram mais três companheiros de Jacarezinho (PR), Ourinhos (SP) e Tomazina (PR) para a primeira empreitada. Em 2018 já foram 7 ciclistas, sendo quatro de Santa Cruz.

Em 2019 iriam em 9, mas um se acidentou e não pode ir. Foram 8 este ano. De Santa Cruz, Emerson, Geraldo, Jean e Wellington; de Ourinhos o Pedro; de Jacarezinho (PR) foram Cláudio e Paulinho e de Tomazina (PR) o Eraldo. O percurso começa em Santa Cruz, apenas Eraldo que começa o pedal em Tomazina, percorrendo mais de mil quilômetros no total.

Emerson relatou que existem outros ciclistas que peregrinam até o Santuário, mas são da região. Percorrendo mais de 900 quilômetros, este grupo é o único que chega ao local. Para se preparar para a viagem eles começam a fazer um treino mais longo nos meses anteriores à viagem. Durante o percurso pedalam mais de 200 quilômetros por dia. Foram quatro dias e meio de viagem.

O grupo consegue alguns patrocínios coletivos e individuais para ajudar com alimentação, peças de bicicleta, suplemento esportivo e hospedagem. Emerson e Geraldo explicaram que a grande dificuldade do percurso é falta de segurança das estradas e trechos de muita subida. “No caminho para Aparecida que fazemos todo ano é muito mais fácil, estrada tem mais postos e é mais segura, além de ser mais plana”, conta Emerson.

Aposentado, Geraldo pedala há 22 anos e há 15 começou a fazer viagens. “No início eram poucos companheiros, mais recente que aumentou o grupo de ciclistas. Minha primeira viagem foi para Aparecida. Hoje tem bastante gente que vai viajar”, conta.

Fotógrafo, Emerson tem que se programar para viajar, escolher data com feriado e que não seja época de muitos casamentos para não perder trabalho. “Preciso destas viagens como férias. A viagem é uma terapia, tem hora que eu penso em não ir mais, porque é muito puxado, mas depois a gente esquece e vai de novo”, afirma.

Para Geraldo a satisfação da viagem é muito grande. “É uma mistura de sentimentos, tanto a viagem, a meta alcançada e a parte religiosa de chegar a um lugar tão espiritual”, diz.

Emerson conta que a bicicleta mudou sua qualidade de vida. Obeso, ele comprou uma bike para perder peso e foi tomando gosto. “Comecei a ir aumentando minhas distâncias de treino e emagrecendo, então comecei a ver os grupos indo para Aparecida (SP) e decidi que ia também e não parei mais”, relata.