Santa Cruz tem em média, um estabelecimento de comida para cada 135 habitantes

Giovana Dal Posso

Segundo o site Restaurante Guru, que reúne todos os estabelecimentos  gastronômicos no Brasil e no mundo, Santa Cruz do Rio Pardo cerca de 340 opções de estabelecimentos “para comer e beber”, como bares, botecos, pizzarias, restaurantes, lanchonetes, sorveterias, e afins. Esse número representa um ânimo para a cidade que tenta se colocar como ponto turístico na região, mas levanta uma dúvida - se o município tem tantas opções, porque muitos santa-cruzenses vão para fora em busca desse tipo de estabelecimento?

Para Renan Alves, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santa Cruz, alguns fatores influenciam nesse fato. O primeiro, seria que os comerciantes precisam entender a cidade como um ponto turístico, e por isso, investir em cardápios turísticos, com  comidas, bebidas e ambientes ‘instagramáveis’, ou seja, com uma aparência estética bonita para que a ida ao estabelecimento se torne uma experiência.

“Quando se conversa com comerciantes de cidades maiores, e até mesmo da região, eles dizem que muitas pessoas vão até lá porque viram fotos nas redes sociais de pratos diferentes, e iam até o local para consumir e tirar fotos”, comenta. “O ser humano hoje é movido pela curiosidade, consequentemente com a alimentação é a mesma coisa. Muitas vezes, não saímos para comer porque estamos com fome, mas sim para ir a um ambiente legal”.

O presidente também fala que o marketing faz muita diferença. “O empresário precisa pensar em como está sua página, quais são os atrativos para o público, o que ele tem de diferencial que está chamando gente para o espaço dele?”.

Ele também concorda que, apesar das questões levantadas, falta para o público santa-cruzense, muitas vezes, a vontade de conhecer e explorar novos lugares na cidade. “As pessoas costumam se acostumar com um lugar e não sair mais de lá, mas quando você começa a mostrar aquele estabelecimento com outro ponto de vista, ele acaba conhecendo”, esclarece. “Acho que é um pouco de falha tanto do consumidor quanto do empresário. Ainda estamos em uma fase de alinhar ideias e expectativas, para que todos saiam contentes”.