Renegociação de dívidas do Fies ajuda na organização financeira

No último mês, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que estudantes com dívidas do Fies ( Fundo de Financiamento Estudantil)  poderão renegociar os valores nas agências do Banco do Brasil e da Caixa. De acordo com o governo, de acordo com o contrato e das condições do aluno, a renegociação pode abater até 99% do montante principal da dívida e 100% dos juros e multa - no estado de São Paulo, mais de 294 mil contratos estão inadimplentes.

Pessoas com contratos do Fies firmados até 2017 e que estavam em fase de amortização até 30 de junho de 2023 têm a opção de participar da renegociação, inclusive aquelas que mantêm os pagamentos em dia. As condições mais vantajosas de amortização aplicam-se especialmente a beneficiários com débitos vencidos e não quitados há mais de 90 dias na referida data. 

Para realizar o procedimento, é necessário acessar o Sistema Informatizado do Fies (SisFIES) e verificar as informações relativas ao financiamento, incluindo os meses restantes a serem pagos, os valores pendentes e o montante das parcelas. Após, dirija-se ao agente financeiro do contrato, que pode ser o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal, para obter atendimento - a confirmação da adesão ao programa de renegociação requer o pagamento da parcela de entrada. Ao aderir à renegociação, ocorre a exclusão dos nomes do financiado e de seus fiadores dos registros de devedores inadimplentes, com a alteração do cronograma de vencimento das parcelas de amortização.

Fies

O Fies foi criado em 1999, e é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação de estudantes em cursos superiores particulares. Podem utilizar o programa estudantes com renda familiar mensal de até três salários mínimos pessoa, que obtiveram média igual ou maior a 450 pontos no Enem. 

Segundo o SisFIES, durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de 150 reais, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento. Na fase de carência, após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses  para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de pagamento também será de 150 reais. Já na última fase, de amortização, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado da duração regular do curso.