Jornalista Aurélio Alonso lança livro de ficção

Acostumado a escrever sobre fatos por 38 anos, o jornalista Aurélio Fernandes Alonso sempre teve uma vontade de se aventurar na ficção. Agora aposentado e com a “ajuda” da pandemia resolveu concluir seu projeto e escreveu “O Óvni de Badagaru: a luz que veio do nada”.
O livro de 96 páginas sai pela editora bauruense PERSISTERE do professor Reginaldo Furtado, proprietário do Sebo “O Livreiro”. A arte da capa foi feita pelo design gráfico Diogo Ladeira. Neste sábado, 29, haverá noite de autógrafos no Bar do Genaro na Vila Souto (rua Altino Arantes, 6-82), em Bauru, cidade onde o autor reside atualmente. Também serão agendados eventos em Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos. Aurélio é natural de Ourinhos e também morou muitos anos em Santa Cruz.
Ele conta que começou a escrever os primeiros capítulos ainda quando trabalhava no Jornal da Cidade de Bauru, mas ainda não sabia ao certo como seria o livro, apenas tinha a convicção que seria algo sobre óvnis. “Com a aposentadoria e pandemia fui escrevendo e quando percebi tinha feito. Aí fui dar os toques finais e definir o tamanho do livro, pois ele era maior, pensava em um romance, mas acabei enxugando e virou uma novela literária”, relata.
O livro foi impresso de forma independente e financiamento do projeto foi do autor e alguns exemplares já podem ser encontrados na Banca do Jabá. Além de ser possível realizar a compra pela internet no site Shoppe.
O livro conta a história de um misterioso clarão que ocorre no céu em um pequeno lugarejo. Esse é o ponto de partida do enredo que se desenrola em Badagaru, um lugarejo fictício. O gênero novela é explorado com uma leve e bem-humorada inserção para o realismo fantástico. A ideia central da narrativa reside no alvoroço provocado por aparições de luzes fortes ao anoitecer em Badagaru.
Logo na página inicial é destacado em tom enigmático que a obra é dedicada a todos os céticos e aos que acreditam que nada é o que parece aos nossos olhos.
Em Badagaru, não escapa ninguém na trama: os interesses comerciais, políticos e religiosos. O pastor neopentecostal, o padre católico, o umbandista e até os adeptos do culto xamânico se aproveitam da confusão para atrair fiéis para perto. As prostitutas, as beatas, as fofoqueiras, os valentões, os professores e os bêbados também estão presentes nesta interessante e rica narrativa. O político não podia faltar na trama, assim como a vereadora que propõe a construção de uma pista para descer óvnis, aparece o interesse do prefeito da localidade em investir em turismo ufológico. Há o embate entre a ciência e a religião na figura do cientista destacado para estudar o fenômeno.