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Anexo do Museu deve ficar pronto até fim do ano

Publicada dia 19/01/2022 às 10:28:01

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O Museu Histórico e Pedagógico "Ernesto Bertoldi" está passando por uma nova restruturação e receberá um prédio anexo. O projeto da obra foi contemplado pelo MIT (Município de Interesse Turístico), programa estadual vinculado a Secretária Estadual de Turismo.

O convênio com recursos do MIT foi aprovado em 2017 (Secretaria de Turismo do Estado). O valor do repasse é de R$ 385.026,08, com contrapartida de R$ 100.041,15 do município. A empresa inicialmente contratada abandonou a obra e foi feita nova licitação em 2021. A nova empresa iniciou as obras em setembro. O prazo de execução é de 12 meses.

O secretário de Cultura Frednes Botelho explicou que o projeto contempla a revitalização do prédio do Museu e a construção de uma sala multidisciplinar em anexo. “Esta terá como finalidade receber grupos, principalmente crianças, adolescentes e idosos, para participarem de atividades voltadas à memória, arte, cultura e educação. A finalidade é justamente atrair as pessoas para o complexo do Museu, para que a relação com o equipamento seja mais duradouro, profundo e recorrente”, afirma.

O museu fica no prédio da antiga Estação que era pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana. A Estação de Santa Cruz do Rio Pardo foi inaugurada em 1908 como ponta do ramal. Seu projeto foi feito pelo arquiteto Ramos de Azevedo. 

O local passou por uma reforma e restauração para abrigar o Museu, inaugurado em 2011, que possui um acervo audiovisual e visitas guiadas mostrando a história da estação e da cidade.

Apesar da obra realizada no prédio para abrigar o Museu, o local apresenta muitos problemas como rachaduras, queda de reboco, entre outros. A nova obra deve sanar essas questões.

História

Na época do funcionamento da Estação a cidade ficou conhecida como ‘a joia da Sorocabana’. Porém, a crise do café, associada à dívida contraída pela Câmara municipal para construir a ferrovia, levaram a uma forte estagnação na década de 1930. Na década de 1960, a ferrovia foi desativada. Nas décadas seguintes, as lavouras tradicionais de milho e feijão foram substituídas por soja e cana-de-açúcar. Mesmo com o avanço da cana, a cidade manteve a cultura do arroz, tornando-se a maior beneficiadora desse grão no Estado.