Jornal Atual
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Ipaussu vai distribuir ivermectina à população como medida preventiva contra Covid-19

Publicada dia 11/07/2020 às 12:09:02

Ilustração

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Diego Singolani


Em entrevista ao programa Atual em Alerta, na quinta-feira, 9, o prefeito de Ipaussu, Sérgio Guidio (PSDB), revelou que o município vai implementar um novo protocolo de enfrentamento ao coronavírus. Além de inaugurar o Centro Covid, exclusivo para o atendimento de casos da doença, a droga Ivermectina será indicada aos pacientes como medida profilática, ou seja, preventiva. No primeiro momento, a secretaria municipal de saúde de Ipaussu irá distribuir o medicamento para pessoas de grupos de risco, servidores da área da saúde e funcionários públicos. Porém, Serginho deixou claro que qualquer cidadão que tiver interesse no protocolo também terá acesso ao medicamento.

A Ivermectina apresentou bons resultados em ensaios in vitro, em laboratório, com eficácia na redução da carga viral em células infectadas pelo novo coronavírus. Porém, ainda não há estudos conclusivos realizados em seres humanos. Nas últimas semanas, vários médicos, inclusive em Santa Cruz do Rio Pardo, têm prescrito o remédio para pacientes assintomáticos e integrantes de grupos de risco para covid-19, como forma de prevenção ao quadro mais grave da doença. Procurado pelo Atual, o médico Jonas Jovanolli Filho, diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz, confirmou a utilização da droga. “Não existem ainda exames comprobatórios in vivo, mas in vitro confirmou alguma eficácia. Deve tomar quem estiver em contato com pessoas positivas, que tiveram a doença. Mas volto a falar, nada ainda com comprovação científica”, afirmou.

Na quinta-feira, 9, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre as recentes notícias de que algumas prefeituras pelo Brasil começaram a distribuir a Ivermectina como forma de tratamento e até prevenção à covid-19. Segundo o órgão ligado ao Ministério da Saúde, o seu uso não é recomendado para a doença causada pelo coronavírus. A agência foi taxativa ao afirmar em nota que "não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19". Além disso, reforçou que "o uso de medicamentos sem orientação médica e sem provas de que realmente estão indicados para determinada doença traz uma série de riscos à saúde".