Vícios trazem prejuízos e prejudicam bem estar

Arquivo Pessoal

O vício é compreendido como um mecanismo de fuga emocional. Ao usar substâncias que lhes ofereça “prazer”, o indivíduo tem a sensação de ter fugido da sua dor, no entanto, o uso dessas substâncias promove prejuízos em diferentes proporções e é justamente esses prejuízos que separam o vício de um hábito comum, por meio de uma linha tênue.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o vício uma doença física e psicoemocional, sendo um hábito repetitivo, recorrente e excessivo que degenera e promove prejuízos aos viciados e aos que com ele compartilha a convivência. Outra característica do vício é a abstinência vivida na ausência do uso, podendo ser manifestada por angústia, apatia, sono, depressão, desorientação, delírios e até mesmo por alterações de dores físicas.

Para a terapeuta natural, coach integral sistêmico e hipnoterapeuta Adriana Vitorino, o cérebro tende a manter aquilo que faz bem, que dá prazer. “Pessoas usam álcool e drogas, por exemplo, para se sentir bem. É uma troca rápida de recompensas e isso as faz repetir a dose. Todas as substâncias e comportamentos com poder aditivo estimulam a liberação de dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer, especialmente na via mesolímbica”, detalha.

Segundo a especialista, coisas diárias como comer, beber ou fazer sexo liberam a dopamina. “Todas elas têm chances de virar vício, mas há aquelas substâncias que causam um tsunami de dopamina no cérebro, causando desequilíbrio. Ele, então, desenvolve tolerância a tanta dopamina, o que pede doses maiores e diminui o estoque do neurotransmissor, causa da sensação de abstinência quando não se tem o estímulo que causou o desequilíbrio”, explica.

Adriana conta que quando menos se espera, já se está viciado, mas todos aqueles que se percebem como viciados são candidatos à recuperar-se. “Daí a primeira pergunta sempre é ‘Como eu posso mudar de vida? ’”, questiona.