Laserterapia recupera paladar e olfato pós-covid

Após passar pela covid-19 muitos pacientes têm reclamado da persistência de sequelas como alterações no paladar e olfato. A dentista Fernanda Marques trouxe uma nova técnica para Santa Cruz do Rio Pardo chamada Fotobiomodulação, ou Laserterapia, e têm aplicado nestes pacientes conseguindo bons resultados.

Fernanda relata que existem os pacientes que não sentem nenhum cheiro ou sabor dos alimentos (anosmia e ageusia, respectivamente), outros acabam tendo distorções tanto no olfato quanto no paladar. Existem também aqueles que sofrem com a parosmia (distorção do olfato e paladar – a pessoa come um alimento e sente o gosto/cheiro de outra coisa), hiposmia (diminuição do olfato), fantosmia (cheiro diferente do real), cacosmia (cheiro e gosto de podre).

Ela explicou que isso pode ocorrer de duas formas: por uma ação inflamatória, onde a ação do vírus no local da cavidade nasal gera muco e edema; ou por alteração neurológica, onde o vírus desorganiza de forma neurológica os receptores olfativos e gustativos.

O tratamento realizado para recuperação é a fotobiomodulação (laserterapia). “O laser é uma fonte energética que promove a modulação da inflamação e também acelera a regeneração das células nervosas. Se a origem for inflamatória, os resultados ocorrem de forma mais rápida. Porém, em alterações nervosas são necessárias mais sessões para o retorno da sensibilidade”, diz.

A profissional garantiu que o tratamento é indolor, não tem efeitos colaterais e são necessárias, em média, 10 sessões para retorno completo das funções olfativas e gustativas. São realizadas de uma a duas sessões por semana dependendo do caso.

“Cada paciente é avaliado de forma individual, pois as sequelas são diferentes em cada pessoa. Dessa forma, o protocolo de tratamento deve ser adequado de acordo com a necessidade. Pacientes que estão com essas sequelas há muito tempo a recuperação leva um pouco mais de tempo do que para pacientes que tiveram coronavírus recentemente. Portanto, quanto antes o paciente procurar tratamento, melhor a recuperação”, afirma.