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Índice de obesidade infantil vem crescendo nos últimos anos

Publicada dia 08/09/2022 às 09:15:57

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A obesidade infantil é um problema que vem afetando cada vez mais crianças no Brasil. Um estudo realizado pela Secretaria de Saúde Municipal durante a pandemia em duas escolas mostrou que 30% das crianças se encontram com sobrepeso ou na obesidade. Esses são números que vem crescendo cada vez mais nos últimos anos, e tiveram um aumento ainda maior durante o período pandêmico.

O motivo para essa resultados podem ser diversos. Um segundo estudo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), também durante a pandemia, mostrou que a obesidade está deixando de ser algo exclusivos das classes mais altas e afetando as crianças mais pobres.

 O estudo, realizado durante a pandemia, aponta que 72% das crianças de famílias vulneráveis deixaram de comer por falta de dinheiro; 8 a cada 10 crianças de até 5 anos consomem alimentos ultra processados com frequência; e a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças no Brasil. Foram entrevistadas 1.343 usuários do Programa Bolsa Família, substituído pelo Auxilio Brasil, responsáveis por 1.647 crianças, em 21 estados.

Nesse estudo, se percebe também que além da obesidade, é encontrado também um alto percentual de crianças com desnutrição. Isso acontece porque na sua alimentação existe um grande nível de pobreza alimentar, já que os alimentos consumidos contem baixos índices de nutrientes. Isso se deve a facilidade de acesso aos alimentos ultraprocessados, seu baixo custo e a praticidade de consumo.

É importante lembrar que, devido ao isolamento social, muitas crianças que dependiam da alimentação gratuita oferecida pelas escolas, não tiveram acesso a esse recurso. Segundo Ana Beatriz Mendonça, uma das nutricionistas responsável pela alimentação da merenda municipal, como forma de combate e para auxiliar na nutrição das crianças, o departamento de alimentação escolar distribuiu kit de alimentos aos alunos no período pandêmico, com hortifrútis disponíveis da agricultura familiar.

Como resposta ao número crescente, a nutricionista conta que diversas ações são realizadas para incentivar a alimentação saudável e combater a obesidade infantil. “No âmbito municipal, a alimentação escolar busca oferecer uma alimentação saudável, equilibrada nutricionalmente, priorizando a oferta de alimentos in natura e minimamente processados. E, existe também, trabalho realizado pelas nutricionistas do departamento de alimentação escolar com objetivo de incentivar a alimentação saudável, tendo como consequência a diminuição e prevenção de doenças crônicas degenerativas”, explica.

Entre esses trabalhos, ela destaca a apresentação de banners com temas “Alimentação Saudável”, “Descasque mais e desembale menos”, “Comer bem para viver melhor” e “Alimentação Saudável – pirâmide escolar”. Também são realizados teatros com fantoches interativos exibidos pelo canal do YouTube da merenda escolar de Santa Cruz do Rio Pardo, e palestras solicitadas pela direção. Atualmente, além de Ana Beatriz, as nutricionistas Ligia Reis e Priscila Rosini também são responsáveis pela merenda escolar.