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Hábito de chupar dedo pode permanecer até a vida adulta

Publicada dia 07/03/2022 às 10:43:16

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Chupar o dedo é um comportamento natural que pode ser observado na maioria dos bebês. É o resultado de um impulso normal que obriga os recém-nascidos a sugarem para obter leite dos seios das mães. A sucção do dedo pode começar ainda no útero. Alguns bebês fazem isso apenas ocasionalmente e param em uma idade jovem, enquanto outros continuam na primeira infância. Já chupar o dedo em adultos é menos comum e geralmente acontece porque o hábito natural nunca foi quebrado.

Desde o início do reality Big Brother o participante Tiago Abravanel tem chamado a atenção por chupar o dedo. O psicólogo Regis Fernando Pilati explicou que o adulto chupar dedo pode ter diversas explicações psicológicas, mas é sempre preciso avaliar individualmente a situação. “Freud já falava sobre as fases de desenvolvimento, e a fase oral é muito simbólica, tem o ato de mamar, se alimentar, o prazer, então colocar o dedo ou uma chupeta na boca remete a este momento”, explica.

Regis acredita que chupar o dedo pode trazer certa segurança afetiva, ajudar a lidar com a ansiedade, e trazer tranquilidade. “É muito comum uma pessoa que não seja criança fazer isso no sentido de carência. Ela se sente protegida, aquele contato, aquele alimento do proteger. Porém, a pessoa pode ter o habito de chupar o dedo desde pequena e seguiu a vida assim, também pode criar este hábito após alguma situação, cada caso é um caso. O problema é quando o hábito se torna vício e dependência”, diz.

Uma pesquisa publicada pelo jornal inglês Daily Mail aponta que um em cada 10 adultos ainda chupa o dedão ou outro dedo. No entanto, segundo a pesquisa, a maioria das pessoas que continuam com esse hábito após a infância não experimentam efeitos negativos além de um possível constrangimento.

Para aqueles que sentem este constrangimento e desejam deixar o hábito, Regis argumenta que “conseguimos cuidar da gente quando acolhemos o que estamos sentindo”. Ele lembra que se sentir incomodado com o hábito e querer mudar é o primeiro passo. “Entendendo isso e querendo mudar já fica mais fácil dentro do processo terapêutico”, afirma.