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Há mais de 40 anos, Alcoólicos Anônimos traz esperança para dependentes

Publicada dia 07/06/2024 às 15:55:10

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Cássia Peres


Com encontros no porão do salão Paroquial da Igreja São Sebastião todas as terças-feiras e sextas-feiras às 20h e na Capela Santa Cruz, no Jardim Brasília, às quartas-feiras no mesmo horário, os Alcoólicos Anônimos (A.A.) convidam a população santa-cruzense a buscar o tratamento do alcoolismo através das reuniões.

O “Grupo Santa Cruz”, como é chamado o grupo de Alcoólicos Anônimos do Salão Paroquial, existe desde 16 de outubro de 1982 – data da primeira reunião no município. O grupo da Capela é recente, com início dia sete de fevereiro de 2024.

De acordo com Jair, membro desde 1990 e um dos responsáveis pelos encontros, o objetivo das reuniões é salvar vidas. “O companheirismo é o remédio que ela oferece para isso. Quando eu cheguei, a porta estava aberta, então permaneço para que os próximos que vierem também encontrem as portas abertas”, garante.

Segundo dados do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), 18,8% da população brasileira é consumidora abusiva de álcool. Para fazer parte dos A.A., Jair indica que qualquer pessoa que deseja parar de beber é bem-vinda, seja homem ou mulher. “O primeiro passo é aceitar que o alcoolismo é uma doença. Não é fácil. Para ter sequência, você deve cuidar de si mesmo, valorizar a vida e não deixar de frequentar o grupo de apoio”, enfatiza.

As reuniões são gratuitas e compostas por uma introdução inicial, oração da serenidade, apresentação dos membros e o compartilhamento de experiências entre os integrantes. Pedro, que foi internado quatro vezes devido ao vício em álcool, pontua que se sente fortalecido com o grupo. “Estou sóbrio há dois meses e sinto que com os A.A. todos os aspectos da minha vida já melhoraram”, reafirma.

Jair se refere à família como apoio fundamental para o tratamento. “A família é tudo. Se você tiver apoio dela, a recuperação é muito mais fácil. A importância de tratar esse vício é devolver o brilho da vida tanto ao dependente de álcool, quanto à própria família”, finaliza.