Ginástica hipopressiva leva à barriga negativa, além de prevenir disfunções na saúde
Carol Leme

Criada na década de 50 pelo pesquisador belga Marcel Caufriez, e adaptada recentemente por outros pesquisadores, a ginástica hipopressiva vem dando o que falar pelos resultados na saúde e na estética.
A fisioterapeuta que aplica a técnica, Nathalia Rossi da Silva de Bem explica que a ginástica hipopressiva consiste em exercícios posturais associados a respiração, que promovem o fortalecimento da faixa abdominal e do assoalho pélvico, o conjunto de músculos que sustentam os órgãos, equilibrando a força do diafragma, que é o músculo da respiração. “Na parte estética ela é conhecida como a técnica da barriga negativa, já que diminui a circunferência abdominal e a cintura, dando o aspecto de um abdômen menor e uma cintura mais fina”, esclarece.
Já na área da saúde, a ginástica hipopressiva melhora a postura e respiração, fortalece o assoalho pélvico, previne e trata disfunções como incontinência urinária e prolapso, conhecida como bexiga caída, melhora o funcionamento do intestino e a saúde sexual. “É indicada para homens e mulheres de qualquer idade, principalmente para mulheres que já tiveram filhos, pois a técnica aproxima o reto abdominal, que se afasta durante a gestação. Pessoas que tem perda de urina ao fazer esforço, que possuem dores nas costas ou hérnias de disco, umbilical ou inguinal têm ótimos resultados”, detalha. A técnica só é contraindicada a hipertensos.
Apesar da popularização de exercícios hipopressivos pela internet, com recomendação de exercícios, a fisioterapeuta indica que, se feita de maneira incorreta, a ginástica não traz os benefícios esperados. “Inicialmente os exercícios devem ser feitos acompanhados por um profissional é só depois podem ser feitos em casa. Os exercícios hipopressivos são um tratamento e após um período os praticantes ficam aptos a fazerem sozinhos”, completa.
As aulas podem ser individuais ou em dupla, inicialmente realizados duas vezes por semana, dependendo da indicação e de suas condições físicas.
A comerciante Fernanda Carrero, 29, iniciou as aulas há dois meses depois de sentir muita flacidez e dificuldades em tarefas simples, como se levantar da cama, após a gravidez da filha, que hoje tem seis meses. “Minha postura ficou muito melhor e voltei a ter força no abdômen e no assoalho pélvico. A cintura também afinou bastante, como era antes da gravidez”, conclui.