Fisioterapeuta traz ozonioterapia para Santa Cruz
Thaís Balielo

O uso de ozônio medicinal é uma das terapias alternativas aplicadas e estudadas há mais de 150 anos. Na Primeira Guerra Mundial, era usado para desinfetar as feridas, além de servir como anti-inflamatório e melhorar o fluxo sanguíneo. A fisioterapeuta Ana Paula Camargo de Oliveira Araújo está trazendo para Santa Cruz a ozonioterapia. Ela se capacitou através de cursos e utiliza um equipamento especial para aplicar o ozônio medicinal, um gás incolor composto de três átomos de oxigênio.
Na medicina, a terapia com ozônio é usada para desinfetar e tratar as feridas, limpando a área ao redor delas, melhorando a ingestão e o uso de oxigênio pelo corpo e ativando o sistema imunológico.
Esta técnica terapêutica utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio, formando o ozônio medicinal. Utilizada no tratamento de um amplo número de patologias, a ozonioterapia pode ser aplicada de modo isolado e complementar. Ana Paula explicou que a ozonioterapia tem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas, modulação do estresse oxidativo e melhora da circulação periférica e da oxigenação.
“Estudos com altíssimo rigor científico comprovam que o ozônio medicinal combate diversas doenças inflamatórias, infecciosas e isquêmicas, prolongando a qualidade de vida de pacientes”, afirma.
O tratamento ajuda a combater tumores e reduz os efeitos colaterais da rádio e quimioterapia. Trata diversos problemas circulatórios, além de doenças virais, como hepatite e herpes. Melhora feridas de origem vascular, arterial ou venosas, úlceras diabéticas e por insuficiência arterial, além de queimaduras de diversos tipos. Hérnias de disco, protrusão discal e dores lombares também podem melhorar, além de outras doenças.
“É importante saber que somente profissionais capacitados podem indicar a dosagem e a via correta de aplicação da ozonioterapia. O ozônio é um gás altamente instável e nocivo se inalado, necessitando ser gerado de forma precisa com equipamentos específicos, no local do uso”, alerta.
O tratamento não é indicado para quem possui deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise. Em casos de hipertireoidismo descompensado, diabetes mellitus descompensado, hipertensão arterial severa descompensada e anemia grave, é necessário que a estabilização clínica dessas situações seja realizada previamente à aplicação da ozonioterapia.