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Cirurgia aumenta esperança de família

Publicada dia 03/08/2023 às 15:40:45

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Giovana Dal Posso


Em fevereiro deste ano, mãe e filha santa-cruzenses embarcaram no aeroporto de Guarulhos, rumo a Teresina, no Piauí. O motivo da viagem era pra lá de especial - Alice, de 5 anos, e sua Ana Karolina, de 28, viajavam até a cidade para que a criança pudesse realizar a  Rizotomia Dorsal Seletiva. O procedimento cirúrgico, relativamente novo, é utilizado para o tratamento de espasticidade, causada,  entre outras enfermidades, pela paralisia infantil.

Ana e Alice chegaram quatro dias antes da cirurgia, e só voltaram para a cidade no final de março, quase dois meses depois, tempo esse que a criança passou por um processo de reabilitação e motorização. Pouco tempo depois, Ana já diz sentir melhoras no desenvolvimento da filha, que evoluiu rapidamente após o procedimento. Hoje, nas costas da menina, restou apenas uma pequena cicatriz, com cerca de três centímetros. “Atualmente os tratamentos dela envolvem fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, e o acompanhamento de uma psicopedagoga”, relata a mãe. E a família se encontra animada - além dessas mudanças, a menina vai voltar para a escola.

Ela conta que o começo foi difícil. “Alice nasceu com seis meses de gestação. Quando saímos do hospital, tínhamos um diagnóstico, mas não tínhamos muita informação”. Para a mãe, uma das partes mais complicadas era a falta de orientação sobre como proceder. “Não sabíamos qual médico procurar, qual especialista, quais os próximos passos que deveriam ser feitos”.

Agora, a mãe conta que tenta o máximo para que Alice e a irmã, Valentina, possam viver uma vida normal. “Tudo o que uma faz, a outra também faz. Prezamos o máximo para que elas possam ter experiências e vivências. Nós achamos que essa é uma das partes mais influenciam a Alice conseguir se desenvolver tão bem”.

Para ajudar outros pais e compartilhar sua história, Ana Karolina criou uma conta no Instagram, @nossa_familiaatipica. Lá, ela mostra o dia a dia das filhas - momentos de descontração, visitas ao médico, festas, brincadeiras, tratamentos - tudo para mostrar que as coisas podem ser vividas de maneira mais leve.

Após a cirurgia, que Ana também compartilhou nas redes sociais, ela explica que recebeu dezenas de mensagens de mães de todo o país, que também tinham dúvidas sobre o procedimento. “Faço questão de responder todas as perguntas, todos os questionamentos, para que todos possam saber dessa cirurgia”, finaliza.