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Burnout: estresse no ambiente de trabalho pode adoecer

Publicada dia 08/05/2023 às 15:25:13

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Giovana Dal Posso


Nos últimos anos, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, começou a ser pauta entre trabalhadores e profissionais da saúde mental. Ela consiste em uma espécie de estresse crônico e de maior gravidade relativa ao contexto de trabalho, e se manifesta através de esgotamento físico e mental, causado por estresse elevado e constante na vida profissional. Pode acometer todos os tipos de profissionais, em especial os que trabalham diretamente com pessoas.

A psiquiatra Tamara Mendes Cardoso explica que os profissionais mais afetados pela síndrome geralmente são aqueles que trabalham diretamente com pessoas, como professores, profissionais da saúde, pessoas que trabalham com mídia, policiais e bombeiros. 

O burnout pode se manifestar através de diversos sintomas, como cansaço beirando à exaustão, tanto físico quanto mental; diminuição do sentimento de realização pessoal na carreira; dores de cabeça frequentes e enxaquecas; alterações no apetite e nos padrões de sono, incluindo insônia; dificuldades de concentração; lapsos de memória; ansiedade; sentimentos de fracasso, insegurança, incompetência, derrota e desesperança; agressividade e irritabilidade; entre diversos outros. “Além dos sintomas, alguns comportamentos podem ser comuns aos pacientes, como as faltas ao trabalho e o isolamento social”, explica. Ela ressalta, porém, que um estresse comum do trabalho não irá causar prejuízos disfuncionais à vida do indivíduo.

Tamara relata que a psicoterapia é um dos tratamentos mais frequentes para a síndrome de burnout. “Nela, o paciente recebe apoio para tratar questões emocionais, envolvendo tanto os aspectos profissionais quanto pessoais. Assim, são indicadas mudanças nos hábitos de trabalho e no estilo de vida para levar uma rotina com menos estresse. O psiquiatra também pode indicar tratamento com antidepressivos ou ansiolíticos, dependendo do caso.”

A prática de atividades físicas com frequência, assim como práticas de relaxamento também são hábitos importantes para quem quer combater o estresse prolongado. “Se possível, pede-se que a pessoa tire férias para descansar e priorize realizar atividades de lazer com pessoas próximas, como amigos e familiares. Por vezes, é necessário o afastamento temporário ou até mesmo definitivo do trabalho. Nesses casos, pode-se tentar uma recolocação no mercado de trabalho, de preferência em uma nova área cujo ritmo de trabalho seja diferente da carreira anterior”, finaliza.