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Beijo Grego é prática antiga de prazer, mas exige cuidados

Publicada dia 08/11/2021 às 08:30:09

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Marcos Pellegatti


A cena de um beijo grego em Verdades Secretas 2 foi tema de muitos debates e curiosidades na última semana. A prática sexual consiste em lamber ou beijar o ânus ou a região anal do parceiro ou da parceira. O nome se popularizou porque a prática surgiu na Grécia Antiga. A ginecologista e sexóloga, Elaine Ali, explicou tudo sobre o assunto.

Elaine relatou que o nome científico do “Beijo Grego” é anilíngua. “É a prática sexual onde acontece o sexo na região perianal em forma de beijo ou carícias com a boca. Este tipo de sexo como qualquer outro, já existe desde sempre, desde a Grécia antiga, como já existia o sexo anal, vaginal, oral, todos os sexos. O que acontece atualmente é que as coisas passaram a ser conversadas e esclarecidas. Toda e qualquer pessoa pode praticar todo e qualquer tipo de sexo, desde que seja confortável e prazeroso para você e seu parceiro ou parceira”, argumenta.

Este tipo de sexo, como enfatizou a sexóloga, é realizado tanto no homem quanto na mulher e entre casais héteros, trans, homo ou bissexuais. “Qualquer um pode realizar o beijo grego. Só vai depender daquilo que os envolvidos gostam. Existe um tabu envolvido na questão do homem heterossexual gostar desta prática. Isso não quer dizer que ele seja homossexual, mas sim que tem prazer, pois as regiões nervosas que existem na região perianal são inúmeras. Portanto, a sensibilidade na região, tanto para o homem, quanto para a mulher, é muito aguçada”, argumenta.

Outra questão que Elaine orientou como profissional da saúde, é que exista uma higienização muito boa do local, além de conhecer o parceiro, saber se é portador de alguma doença, pois se trata de uma área muito contaminada. “É preciso observar se não está com o intestino solto ou desconfortável, ou se tem sujeita, pois é uma região que transmite muitas bactérias, fungos, herpes, HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis. E mesmo com todos os cuidados e higienização não da para garantir que não se transmita vírus, bactérias, protozoários no ato sexual”, observou.