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Alimentação adequada ajuda reabilitação pós covid-19

Publicada dia 16/08/2021 às 10:55:16

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Uma boa nutrição é necessária para a saúde de todos nós, mas para pacientes em recuperação pós-covid ainda mais. A nutricionista Isadora Giacon Myra explica que, além de todo o período crítico durante a fase ativa da doença, muitos que se recuperaram tiveram algum comprometimento nutricional e funcional, especialmente àqueles que necessitaram de internação em UTI.

“A reabilitação no pós-covid, no quesito alimentação é fundamental para um bom prognóstico do paciente, uma vez que o quadro inflamatório da doença resulta em perda de peso involuntária e anorexia gerando baixo consumo alimentar e desnutrição”, afirma.

Isadora explica ainda que a desnutrição é fator de risco para piora progressiva do paciente, uma vez que ocorre perdas nutricionais importantes, comprometendo defesa imunológica, saúde e qualidade de vida do indivíduo. Além disso, gera redução significativa de massa muscular podendo agravar as sequelas e elevar o tempo de recuperação.

Em casos de desnutrição, Isadora relata que a alimentação deve ser ajustada para que favoreça o ganho de peso saudável e a recuperação da massa muscular, além do fortalecimento do sistema imunológico. A suplementação de vitaminas, minerais e proteínas podem ser necessárias em casos de deficiências, e para algumas situações como, por exemplo, perda ou redução do paladar e olfato.

“Para os indivíduos que apresentaram sintomas leves a moderados, sem muito comprometimento nutricional, a orientação é adotar hábitos alimentares saudáveis priorizando o consumo de alimentos naturais como frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, azeite, castanhas, carnes, leite e derivados, feijões, fibras alimentares e um adequado consumo de água diariamente. São alimentos que exercem função antioxidante, ou seja, equilibram a geração de radicais livres diminuindo o estresse oxidativo celular e favorece ação anti-inflamatória”, revela.

Um efeito persistente comum de Covid-19 é a perda do paladar, com alguns pacientes ainda apresentando esse sintoma meses após a recuperação do vírus. Isadora indicou para que as pessoas preparem refeições visualmente agradáveis e coloridas, utilizando ervas aromáticas e condimentos naturais nas preparações, a fim de realçar o sabor e o cheiro e aumentar o consumo de alimentos fontes de zinco todos os dias como carnes, nozes, gergelim, feijão e lentilha devem ser aplicadas para que haja melhora no consumo alimentar e apetite.

A profissional revelou que algumas pessoas que foram mais gravemente acometidas sentem cansaço ao se alimentar e uma das alternativas para favorecer o consumo é adaptar a consistência dos alimentos para branda (alimentos macios), pastosa ou líquido-pastosa. Outra dica é aumentar a densidade energética das refeições usando suplementos ou leite em pó, azeite e manteiga. Assim o paciente ingere porções menores gerando menos cansaço, mas mantendo o consumo necessário de energia para a recuperação e manutenção do peso.