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Evento Ciência no Bar tem terceira edição

Publicada dia 12/07/2022 às 15:33:40

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O jovem Luan Pasquetta, hoje biólogo, professor e mestrando da UEL, quando ainda estudante de graduação idealizou e concretizou o Ciência no Bar. O evento de divulgação científica realizado na cidade de Ourinhos foi inspirado no circuito internacional "Pint of Science" que tem como intuito a popularização da ciência nos bares das cidades, convidando professores e pesquisadores para mostrar suas pesquisas de forma acessível e simples.

O sucesso foi grande e este ano ocorre a terceira edição nos dias 11, 12 e 13 de julho no bar Sete Cordas das 19h às 23h. Luan é um pesquisador que vê na popularização da ciência a principal forma de combater a ignorância. "O Ciência no Bar é um ambiente de troca, de acolhimento, do falar e do ouvir. É a ciência cumprindo o seu papel", diz.

Ele conta que este estilo surgiu na Inglaterra, nos pubs, quando pessoas da academia começaram a ir nestes locais para debates. “Isso veio ao Brasil e adaptamos este conceito para o Ciência no Bar. O Pint of Science acontece no Brasil, mas não conseguimos incluir Ourinhos no circuito por problemas de datas. Resolvemos criar este evento paralelo nas férias. Demos a nossa cara para o evento, mas o conceito é o mesmo, ou seja, levar cientistas, pesquisadores para conversar com o público em um bar”, argumenta.

Luan revelou que somando as duas últimas edições passaram pelo bar 1.200 pessoas nas 18 palestras que ocorreram dos mais variados temas. “Para esta edição pensamos em expandir para atividades culturais e artísticas. Teremos parceria com estúdio de tatuagem, eles irão expor as artes feitas, e farão sorteios de tatuagem. Também teremos música com bandas alternativas, som autoral, será uma mostra do trabalho deles nestes três dias”, conta.

O organizador explica que a linha de debates que será seguida este ano é a ciência local. “Como iremos abordar as questões e problemas que vivemos no mundo inteiro na cidade. Muito se fala sobre negacionismo, fake news, descrédito da ciência, mas não falamos disso a nível de cidade. Então falaremos como que as cidades enfrentam estes problemas. Como podemos combater as fake news, como aprender a trabalhar saúde baseada em evidências, o que podemos fazer para promover de forma local maior acesso a ciência”, cita.

Palestras

No dia 11 a primeira palestra será com Estevão Zilioti falando sobre “Educação Científica: tratamento precoce contra desinformação”, o segundo tema será uma mesa redonda sobre “Adoecer na pandemia” com Vitória Maria Vicente e Débora Ferreira.

No dia 12 o primeiro palestrante será o professor santa-cruzense Carlos Eduardo Gonçalves, o Duzão, falando sobre “Socializar a ciência. Por quê?”. A segunda palestra da noite será com Fernanda de Campos Porcari que falará sobre “Saúde baseada em evidências”.

Dia 13 Bárbara Sinibaldi falará sobre “Inclusão social: qual o nosso papel?”, e na sequência Célio Manfré Filho e Joaquim Vedovello comandam a mesa redonda “Ciência e arte: os dois lados da mesma moeda”.