Nomes como Lula e Bolsonaro são vetados da camisa da seleção
Giovana Dal Posso
Os novos uniformes da Seleção Brasileira de futebol, que será usado na Copa do Mundo no Qatar, foram divulgados pela Nike e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no último domingo, 7. Além do tradicional modelo canarinho, a camisa azul veio chamando atenção e já se encontra esgotada no site de vendas.
A novidade no design é a inspiração na onça-pintada, já que ambos os modelos contam com a estampa da pele do animal. Em sua rede social, a CBF definiu a modelo como “vibrante e arrojado” e “inspirado na garra e beleza da onça”. Ela representaria a “Garra Brasileira”, que dá nome à coleção.
No lançamento da campanha fizeram parte nomes do futebol brasileiro como o goleiro Alisson Becker, e o jogador Richarlison, artistas como o rapper Djonga, e o streamer Gaules.
O torcedor que resolver adquirir a camiseta e usá-la como objeto político e de protesto, encontrará dificuldades, já que a Nike vetou algumas opções de personalização do uniforme.
“Bolsonaro”, “Lula” e “Ciro Gomes” – principais nomes dos candidatos à presidência da Republica nas eleições que o ocorrem em outubro de 2022, próximo à data da Copa do Mundo, aparecem como "indisponíveis" na aba de personalização. Termos como “mito” e “comunismo” também são vetados.
Em nota, a Nike afirmou que: "não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões. Este sistema é atualizado periodicamente visando cobrir o maior número de palavras possíveis que se encaixem nesta regra".
Vale lembrar que há cerca de nove anos, a camisa da seleção se tornou símbolo de movimentos políticos de direita, já que seus adeptos a usavam em protestos e manifestações.
Nas eleições presidenciais de 2018, ela se tornou quase exclusiva dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, onde o mesmo já incentivou o uso da vestimenta.