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Jovem que salvou menino de ataque de pitbull havia abandonado o animal

Publicada dia 28/12/2019 às 13:16:59

Reprodução

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O homem que tem sido chamado de herói desde semana passada depois de salvar um menino de 5 anos de um ataque de pitbull na Zona Norte do Rio de Janeiro confessou que havia adotado o animal alguns dias antes, mas por medo, deixou o animal na rua. “Eu tinha colocado esse cachorro para dentro de minha casa. Dei alimento, dei tudo, mas como minha avó é uma senhora de idade e tinha outro cão lá, a gente não podia deixar lá senão ele ia matar o outro cão lá”, afirmou.

Patrick do Céu contou que ao ver o menino sendo atacado, só conseguiu pensar na sua filha e por isso agiu tão rápido. Imagens de câmeras de segurança mostram a criança passando com a babá quando o cachorro começa a atacar. A mulher tenta afastar o cão, mas sem sucesso. Patrick então entra em cena e começa a lutar para que o pitbull soltasse a criança. “Eu botei ele para fora de casa, tem um terreno do lado de minha casa que é abandonado (…), coloquei ele lá dentro preso. E aí a minha tia que está na Suiça, mandou tirar que não era certo, deixar na casa dos outros, que podia trazer problema. Então fui, botei ele pra fora na rua, monitorizando ele a todo o instante”, confessou o jovem.

Patrick salvou o menino, mas foi aparentemente ele, que causou o ataque ao deixar o animal solto e sem qualquer proteção na rua. Tudo poderia ter sido evitado se, em primeira instância, fossem acionadas as autoridades competentes.

Para a idealizadora do Projeto CastraRua, Renata Cachoni, é importante que qualquer pessoa estude muito sobre a raça antes de realizar qualquer adoção. “Tem animais que não gostam de crianças. Adotar um pitbull adulto é muito perigoso, ele foi criado em outro lugar, não sabe o histórico, a natureza. Em nosso projeto sempre aconselhamos que seja feito um estudo antes de qualquer adoção”, recomenda.

Segundo Renata, o psicológico do animal também foi afetado ao ser abandonado na rua, por pelo menos duas vezes. “Ruas têm muito barulhos, quem passa por ali, perto do animal, acaba maltratando e fazendo maldades e ele fica irritado”, lamenta.