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Pastoral ajuda dependentes químicos a se livrarem do vício das drogas

Publicada dia 14/06/2017 às 09:45:10

Mariana Pires

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Quando o analista de recursos humanos Valdir Pedro, 51, atendeu um colega de trabalho que pedia demissão e alegando estar com problemas relacionados a drogas, ele não imaginava que esse seria o primeiro passo rumo a sua missão de vida.

“Eu acabei me propondo a ajudar ele. Na época a esposa dele estava grávida e indiquei que ele procurasse um psiquiatra no posto de saúde. Hoje não sei mais do paradeiro dele, já que ele cortou o vínculo com a empresa”, conta Valdir.

Coincidentemente, hoje Valdir é vice-coordenador de uma pastoral de combate às drogas. Junto com a esposa, Karla Aparecida Pinheiro Pedro, 39, que é a coordenadora e mais um casal de amigos, eles se reúnem toda segunda-feira, às 20h, na paróquia São Benedito com o propósito de ajudar dependentes químicos a se livrar do vício.

A iniciativa da pastoral surgiu após o bispo Dom Salvador, da Diocese de Ourinhos ter convocado todas as paróquias da região para iniciar um projeto que ajudasse no combate as drogas. “O Padre Davi, que havia acabado de chegar de Ourinhos, abraçou a ideia e pediu permissão para iniciar uma pastoral aqui em Santa Cruz, na igreja São Benedito”, explica Karla.

Todos os paroquianos foram convocados a conhecer o programa, incluindo Karla e Valdir. “Fomos por curiosidade inicialmente. Mas o Padre Davi acabou me convidando para integrar a coordenadoria da pastoral e eu disse sim”, ela conta. A participação de Valdir acabou se tornando uma consequência. “Há algo que o padre sempre diz, que enquanto casal, eu e meu marido devemos sempre trabalhar em conjunto”.

No início, Valdir e Karla contam que as reuniões eram quase sempre compostas apenas por eles e o casal de amigos que ajudava. “Mas mesmo assim não desistimos. Tinha dias que passávamos a reunião inteira rezando o terço da sobriedade, já que não aparecia ninguém”, Karla relembra.

Hoje, a pastoral já ajudou diversos dependentes químicos e possui uma parceria com a Comunidade O Samaritano, projeto que recolhe moradores de rua e oferece remédios e tratamentos adequados. “O pastor Jacks abriu as portas para a pastoral e hoje eu passo de dois a três dias por semana na comunidade. Lá eu faço a triagem dos pacientes e encaminho os moradores que chegam para outras comunidades as quais também temos parceria” Karla diz.