Pai do trio ABC
Renan Alves
Dizem que um é pouco, dois e bom e três é demais. Para Diego Marcelo Camargo Fernandes, jogador profissional de futebol com 31 anos, a vida ficou demais há quatro anos quando se tornou pai do famoso trio ABC, Alice, Betina e Cecília.
Diego conta que conheceu a santa-cruzense Nathalia Scarmen Simão quando ainda estava atuante no futebol e morava em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, jogando para o time da cidade. “Viemos de férias, nos casamos, ela engravidou e eu ia voltar para Volta Redonda, para pré-temporada ou para outro clube, não sabia ao certo, mas eu ia continuar jogando e talvez ela iria comigo. Mas assim que ela fez ultrassom e os exames, o resultado foi trigemilar”, relembra do susto.
Segundo estudos, uma em cada oito mil gestações naturais é de trigêmeos, com isso, a preocupação apareceu entre o casal. “A cada vez que íamos a um médico, eles falavam que não sabiam se evoluiria ou não a gravidez. E aí eu resolvi parar a minha carreira e cuidar dela, da gravidez e das meninas”, comenta.
Para o pai de primeira viagem, tudo era muito novo. “A gente não dormia quase nada porque tinha que fazer mamadeira ao mesmo tempo, dávamos leite materno e assim íamos revezando. Durante a noite eu dava mamá a cada três horas, eu ficava duas vezes seguidas, enquanto a Nathalia dormia”, explica a rotina cansativa, mas que não se arrepende e hoje comemora ao olhar pra trás.
Entre o casal, tudo era rodízio no dia a dia. “Até para trocar elas, no banho, ia revezando na banheira, levava uma e a Nathalia cuidava das duas. Eu pegava, enxugava, colocava na cama, pegava a outra”.
Logo sua esposa voltou ao trabalho e Diego se viu sozinho no meio de três meninas. “Teve vezes que as três choravam ao mesmo tempo, pegava uma mamadeira, colocava uma de um lado, outra de outro e até usava o pé como apoio para as três conseguirem mamar ao mesmo tempo e não chorarem, sabe?”.
Agora, já crescidas, Diego comenta que os problemas viraram outros, mas como parte da infância, as etapas vão se construindo. “Agora chegou a fase da bagunça o tempo inteiro, às vezes briga, choram, é criança né?”, finaliza.