Lanchódromo enfrenta falhas estruturais e não funcionará em 2025

O lanchódromo de Santa Cruz do Rio Pardo segue sem previsão de funcionamento devido a diversas irregularidades identificadas na estrutura do local. Durante entrevista concedida nesta sexta-feira (21) à rádio 104 FM, o prefeito Otacílio Assis (PL) apontou uma série de problemas técnicos e burocráticos que impedem a abertura do espaço.

Atualmente, o lanchódromo conta com 19 estabelecimentos destinados à comercialização de alimentos. Para que o espaço comece a operar, seria necessária a realização de uma licitação para a concessão dos boxes, além da constituição de um condomínio para gerir o local. Entretanto, antes de chegar a essa etapa, a administração municipal identificou que a obra apresenta várias inconformidades que precisam ser corrigidas.

Segundo o prefeito, o projeto original foi desenvolvido por uma empresa de fora do município e não passou por avaliação do Departamento de Obras local. Uma vistoria realizada recentemente apontou que os boxes possuem revestimento interno inadequado, feito com tinta óleo, quando o correto seria a instalação de cerâmica impermeável até 1,80m de altura. Para corrigir essa falha, todo o reboque precisaria ser retirado e as paredes, revestidas novamente.

Outro problema identificado está relacionado à ventilação. As janelas superiores não possuem estrutura para a instalação de telas de proteção contra insetos, o que compromete a segurança sanitária. Além disso, para atender às normas, as janelas teriam que permanecer fechadas, o que impediria a dispersão do calor gerado por equipamentos como fritadeiras e fornos. A solução proposta seria a remoção dessas janelas e a criação de um novo sistema de ventilação.

A questão do fornecimento de gás também foi levantada como um entrave. A tubulação é única para todos os boxes, o que dificultaria a divisão dos custos entre os comerciantes. A solução mais viável seria proibir o uso de gás e permitir apenas equipamentos elétricos para aquecimento e cocção, o que exigiria a reestruturação da rede elétrica para suportar uma demanda maior de energia.

Diante desses desafios, o prefeito afirmou que o lanchódromo precisará passar por um processo de readequação estrutural, o que demandará tempo e investimentos adicionais. Segundo ele, “tão cedo não funciona”, e não há previsão de quando o espaço poderá ser utilizado pelos comerciantes e pela população.