Futurismo, sustentabilidade e inclusão marcam o novo vestuário
Nathalia Franqlin
As tendências de moda para 2025 refletem o equilíbrio entre o passado e o futuro, onde a inovação tecnológica, a sustentabilidade e a inclusão estão no centro das atenções. “Em 2025, veremos um resgate das estéticas dos anos 2000, mas reimaginadas com um olhar contemporâneo. A nostalgia não será literal, mas reinterpretada por meio da inovação tecnológica, com foco em funcionalidade e sustentabilidade”, afirma Demarchi, que também é mestre em educação profissional e tecnológica.
Para Demarchi, a principal diferença em relação aos últimos anos será a maneira como a moda olhará para o passado. A estética do início dos anos 2000, marcada por tecidos brilhantes, modelagens descontraídas e um toque de ousadia, retorna com um tom inovador. “O que antes era uma pura revisitação, agora ganha elementos novos. Haverá uma ênfase maior em roupas versáteis, funcionais e sustentáveis”.
Essa nova abordagem vai ao encontro do desejo crescente dos consumidores por peças que sejam duradouras e atemporais, sem deixar de lado o estilo. A versatilidade será um fator-chave, com roupas que possam ser usadas em diversas ocasiões, promovendo um consumo mais consciente e alinhado com os valores da sustentabilidade.
A sustentabilidade continua a ser uma prioridade crescente para as marcas e consumidores. De acordo com Demarchi, a evolução dos materiais sustentáveis é uma das grandes apostas para 2025. “Veremos o uso de tecidos biodegradáveis, como couro feito de cogumelo (micélio), e fibras recicladas, que ganham destaque pela inovação e impacto ambiental reduzido”.
Além dos materiais, práticas como o upcycling — reutilização de materiais para criar novas peças — e o design circular, que promove a reutilização e reciclagem dentro da própria indústria, continuarão em alta. Outro movimento em crescimento será a moda "alugada", em que os consumidores têm acesso a roupas por um período limitado, uma alternativa econômica e sustentável à compra de peças novas.
As redes sociais como Instagram e TikTok também continuarão a ser grandes impulsionadoras de tendências, mas com uma diferença importante: os consumidores buscarão cada vez mais autenticidade. “Os influenciadores que realmente impactam o público são aqueles que promovem causas sociais e mostram os bastidores, conectando-se de forma mais direta com suas comunidades”, comenta Demarchi.