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Fidget Spinner é nova febre entre as crianças

Publicada dia 12/06/2017 às 14:45:55

Divulgação

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O último brinquedinho que tem feito à cabeça da criançada já tem nome: fidget spinner. Criado para girar entre os dedos, ele não parece ter uma função específica à primeira vista. No entanto muitos já alegam que o brinquedo pode até mesmo controlar a ansiedade dos pequenos.

“Não existem evidências científicas que comprovem a eficácia do fidget spinner como tratamento terapêutico”, afirma a psicóloga infantil Deise Cristina dos Anjos. “Para considerar um produto como terapêutico é necessário anos de investigação e até este momento, não há nenhum estudo que o comprove isso”.

Deise explica que o único efeito que o fidget spinner causa a curto prazo é de “hipnose”, já que o movimento giratório e repetitivo do brinquedo prende a atenção das crianças. “É uma atração muito forte”, diz. “Quando a criança não está brincando com um, ela está de olho no do colega ao lado. Ela acaba não se concentrando em mais nada a não ser no brinquedo”.

Essa atração hipnótica inclusive vem levantando inúmeras polêmicas, principalmente relacionadas ao uso do mesmo durante as aulas. “A maioria dos alunos acaba se preocupando mais em observar quanto tempo o fidget spinner aguenta girando do em prestar atenção no que o professor fala”, aponta Deise. Para a psicóloga, a solução ideal seria os pais e a escola estabelecerem regras e limites de uso do brinquedo. “Uma boa opção é delimitar a brincadeira somente durante o intervalo”, sugere.

A psicóloga também orienta que os pais incentivem o filho a procurar outras diversões e não dependam apenas do fidget spinner para passarem o tempo. “Existem muitos brinquedos que possuem funções terapêuticas e pedagógicas, sendo indicados para trabalhar concentração, raciocínio lógico, dificuldade na aprendizagem e até mesmo déficit de atenção. O mercado hoje possui inúmeros brinquedos que são tão divertidos quanto o fidget spinner”, recomenda.

No entanto, apesar do alvoroço que os fidget spinners vem causando, Deise considera que é uma febre passageira, assim como muitas outras. “Como qualquer novidade, logo essa será substituída por outra”, considera.