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Férias não é sinônimo de descanso quando há crianças

Publicada dia 16/12/2019 às 11:16:03

Thaís Balielo

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Férias podem ser sinônimo de descanso pra muita gente, mas para quem tem pequenos em casa, as férias escolares não são tão calmas assim. Os papais, mamães e a família toda, tem que arregaçar as mangas, soltar a criatividade e se virar nos trinta para entrar no clima da criançada que está cheia de energia. O problema aumenta quando as férias dos filhos não batem com as férias dos pais. Mas claro que apesar da correria, é uma oportunidade para compartilhar deliciosos e divertidos momentos, estreitando ainda mais os laços entre pais e filhos.

Mãe de quatro filhos, a empresária Patrícia Camilo dos Santos tem que se desdobrar para entreter a turma. Os gêmeos Alice e Davi de 3 anos entram em férias na próxima semana, mas Heitor, 11, e Eloísa, 13, já estão em casa. Patrícia fez uma programação para os pequenos que terá passeios com o novo cachorro da família. Os maiores ajudam a criar brincadeiras para entreter os gêmeos.

“Heitor com 11 anos está adquirindo uma dependência que está nos assustando, já está saindo de bicicleta sozinho. Ele com os amigos da escola vão ao clube, pista de skate e passeiam pela cidade. Sai logo pela manhã, às vezes volta para almoçar, outros dias liga para avisar que vai almoçar no amigo. Às vezes aparece a turma toda para tomar uma água e comer pipoca, adoro recebê-los em casa”, relata.

A mais velha, Eloísa gosta mais de ficar no quarto no celular e mexendo nas coisas pessoais. “Arruma armário, descarta o que não usa mais. Ela é super organizada. Além disso, tem duas amigas vizinhas que não estudam na mesma escola, então no decorrer do ano não se veem muito e é nas férias que elas podem se curtir. Gostam de sair caminhar de manhã e levar as coisas para fazer piquenique. Ela, as amigas, irmão e irmãos das amigas. Também no final da tarde, se reúnem na rua, em frente de casa para brincar. É bonito de se ver”, afirma.

Patrícia lembra que com o horário de verão dava para aproveitar mais tempo a piscina no final de tarde em família. “Aproveitamos ainda, mas o tempo está mais curto”, lamenta. Nestas férias a família não vai viajar, mas vai receber familiares e as crianças ficam ansiosas para reencontrar os primos que moram longe.

Os gêmeos vão bastante ao parquinho nas férias. “Os grandes têm que ajudar com os menores. Às vezes reclamam, pois tem as coisas deles para curtirem, mas eles se divertem também. Eloísa gosta muito de ficar pesquisando coisas na internet para fazer com eles como massinhas, experiências, artesanato”, revela.

Quando dá, eles gostam de ir com a família para fazenda curtir a paz da natureza e ficar longe de tudo e da internet. Patrícia tenta se dividir para fazer programas um pouco com cada filho. Amante do ciclismo, gosta de pedalar com os mais velhos. “Esta semana marquei um pedal com o Heitor e a turma dele, levamos eles para andar na terra, foi muito divertido”, conta.

Ana Cláudia Cruzati revelou que sua rotina muda totalmente quando o filho Benjamin, 5, está de férias. “O Ben não é uma criança que dorme até tarde. Então dá o horário que geralmente ele acordaria para ir à escola, ele pula na cama. A partir daí, já tenho que trabalhar e fazer o que preciso com ele do lado, porque não tenho com quem deixar”, diz.

A alimentação também muda nas férias. Com o filho em aula em período integral ela acaba almoçando na rua e não precisa se preocupar em fazer muitas coisas para comer, mas durante as férias tudo muda. “Com ele em casa tenho me preocupar em fazer todas as refeições”, explica.

Durante as férias escolares quando precisa visitar um cliente acaba levando o filho junto, mas garante que ele é calmo e não dá trabalho, mas às vezes fica sem paciência.

“Para diversão, uma forma de conseguir trabalhar quando estou em casa é liberar para ele brincar no quintal sem limitações. Coloco roupa velha e se quiser se molhar pode, brincar na terra pode, mas tem que ter colaboração. Para ocupar ele, se eu for fazer um bolo eu coloco para me ajudar. Se for lavar louça, coloco para enxaguar”, conta.

Ana lembra que os projetos da Prefeitura ajudam muito. “Gosto de levar na praça, na biblioteca, que são atividades que ele tem diariamente na escola e que sentem falta nas férias. Evito celular e jogos, mas quando ele fica cansado assistimos um filme juntos”, revela.